Nesta terça-feira, a Seleção Brasileira derrotou o Paraguai por 2 a 0, em Assunção, e seguiu com 100% de aproveitamento nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Após a partida, os jogadores publicaram um manifesto no qual garantem que o grupo é contra a organização da Copa América, mas garantindo que disputarão o torneio. Além disso, o texto diz que os atletas não quiseram trazer um viés político para a discussão.
Em breve entrevista coletiva após o jogo, Marquinhos deixou claro que não enxerga o momento de servir a Seleção Brasileira como ideal para que os jogadores se posicionem politicamente.
“Creio que cada um tem a sua opinião, acho que todos têm a liberdade para se expressarem politicamente. Creio que não vem ao caso neste momento, ainda mais com a camisa da Seleção Brasileira. Se cada um quiser se expressar politicamente, que faça no momento em que estiver em casa, no seu momento pessoal”, afirmou o zagueiro.
Confira o trecho do manifesto que busca dissociar a posição do grupo da Seleção de questões políticas:
É importante frisar que em nenhum momento quisemos tornar essa discussão política. Somos conscientes da importância da nossa posição, acompanhamos o que é veiculado pela mídia e estamos presentes nas redes sociais. Nos manifestamos, também, para evitar que mais notícias falsas envolvendo os nossos nomes circulem à revelia dos fatos verdadeiros.
Marquinhos foi perguntado sobre o impacto que o afastamento de Rogério Caboclo da presidência da CBF teve nas decisões tomadas pelos jogadores e comissão técnica nos últimos dias, porém não quis se aprofundar sobre o assunto. Caboclo foi acusado de assediar sexual e moralmente uma funcionária da entidade.
“A gente sabe da gravidade do assunto, é muito delicado. Não cabe à gente falar algo a mais, as pessoas que têm que julgar o caso já fizeram o que tinha que ser feito. Deixar para eles, que a gente foca no que tem que fazer, que é jogar bola e ganhar os jogos importantes”, finalizou o jogador.