Muricy Ramalho se tornou peça-chave do São Paulo na escolha do novo treinador após a saída de Fernando Diniz. Contratado para exercer a função de coordenador técnico, o ídolo tricolor usará toda sua experiência para ajudar o clube a definir o próximo comandante, já que Rui Costa, executivo de futebol da gestão do presidente Julio Casares, sequer desembarcou no Morumbi.

Como Raí, ex-diretor-executivo de futebol, optou por deixar o São Paulo antecipadamente, acompanhando Fernando Diniz, Rui Costa iniciará os trabalhos mais cedo – sua chegada estava prevista somente para o fim do Brasileirão. Muricy, por sua vez, já vem frequentando o clube há mais tempo e está mais inteirado sobre os problemas e necessidades do Tricolor.

“Não existe preferência por A, B ou C, até porque não imaginávamos essa saída do Diniz agora. Vai acabar acontecendo agora exclusivamente com a área do futebol. Temos Muricy na coordenação técnica, o [Carlos] Belmonte na área do futebol, o [Marcos] Biasotto na base. Esse é um conjunto de discussão, a decisão não é pessoal”, afirmou o presidente do São Paulo, Julio Casares.

“Posso te garantir que não tenho predileção por brasileiro ou estrangeiro, temos noção que o São Paulo tem que representar o que sempre representou, um time competitivo, com DNA de conquistas”, completou.

Tentando integrar todas as unidades de futebol do São Paulo, Casares também terá Marcos Biasotto, novo diretor-executivo das categorias de base, envolvido na escolha do novo técnico, que precisará resolver boas partes das carências do elenco com jovens vindos de Cotia.

“O futebol do São Paulo não tem mais só a Barra Funda, Cotia, Morumbi, é tudo São Paulo. Na integração precisamos defender a profissionalização, cabe aos profissionais discutirem o melhor caminho para um técnico, que atenda o que o São Paulo tem em seu DNA, clube comprometido com resultado, vitórias. Todos nós teremos metas, inclusive o próximo técnico que virá. Portanto, a escolha de um técnico, em razão até da profissionalização, deverá vir do coordenador técnico, que é o Muricy Ramalho, do [Marcos] Biasotto, do Rui Costa, que está chegando agora. Nossas ações não são pessoais. Temos que mudar processos e procedimentos, é isso o que eu dizia na campanha e é isso o que vamos adotar”, concluiu.