Marcelo Queiroga, Ministro da Saúde, falou nesta terça-feira na CPI da Covid sobre a realização da Copa América no país. Perguntado sobre as riscos que a competição pode trazer ao Brasil, Queiroga disse que “não existe risco adicional” com o torneio.
“Todos os atletas têm seguros. Caso aconteça algo eles vão usar o sistema privado, então isso não acarreta em pressão no sistema público de saúde do Brasil. Sem torcida, não há rico de aglomerações. O risco de contrair a Covid é o mesmo com o jogo ou sem. Nós corremos riscos pois se trata de uma pandemia, mas não há risco adicional”, disse o Ministro da Saúde.
Ao falar sobre o assunto, Queiroga afirmou que o último Campeonato Brasileiro registrou “apenas um caso positivo que precisou de internação e não houve consequência”. Indagado pelo senador Randolfe Rodrigues sobre os mais de 300 casos efetivamente detectados no torneio, o ministro alegou se referir apenas a “transmissões no campo de futebol”.
O Ministro ainda usou as competições que estão acontecendo no país como a Libertadores e as Eliminatórias da Copa do Mundo para justificar que o esporte não interfere na ampliação dos casos de covid. “O esporte está liberado no Brasil e não existem provas que essa prática aumente o nível de contaminação dos atletas”, disse Queiroga, que ainda disse que os exames de RT-PCR serão realizados normalmente.
Queiroga, que defendeu os protocolos realizados pela CBF e pela Conmebol para conter a propagação do vírus no país, disse que pediu à diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia pra fazer uma revisão sistemática da literatura. Segundo ele, “nessa revisão não consta que essa prática aumente o risco de circulação do vírus que possa colocar em risco a vida de jogadores ou membros da comissão técnica”.
A Copa América começa no dia 13 de junho e o Brasil enfrenta a Venezuela, no Estádio Mané Garrincha, às 18 horas ( de Brasília). Apesar da insatisfação interna dos jogadores com a CBF, a Seleção Brasileira irá participar da competição normalmente.