Julio Casares negou que o São Paulo irá fazer loucuras para contratar um treinador renomado após a demissão de Fernando Diniz. De acordo com o presidente tricolor, o clube não pode se esquecer da grave situação financeira na qual se encontra e precisa unir a competitividade com a responsabilidade econômica.

“Temos que ser transparentes com o torcedor. Faremos o possível para trazer o melhor profissional, seja ele europeu, sul-americano ou brasileiro. Temos que dividir com o torcedor a nossa realidade. O que couber no orçamento do São Paulo, no esforço extraordinário que o clube puder fazer, vamos fazer”, afirmou Casares.

Nas projeções orçamentárias para 2021, o São Paulo terá à disposição R$ 37 milhões para investimentos no departamento de futebol, valor considerado baixo se comparado com outras potências do futebol brasileiro. Justamente por isso, a tendência é que o Tricolor opte pelo famoso “bom e barato”.

“Essa é a preocupação da área de futebol para que a gente consiga não iludir o torcedor, ser realista, e com muita transparência dizer que vamos trabalhar com o orçamento possível, porque, se trabalharmos para trazer um profissional a qualquer custo, o São Paulo pode agravar sua situação. Precisamos estancar o problema financeiro e ter medidas para unir a questão competitiva com a responsabilidade financeira”, prosseguiu o presidente são-paulino.

“Tudo é orçamento. Nós podemos ter um técnico que ganhe A, B ou C desde que esteja em um orçamento conjunto, esse é o mercado. Se ele compõe o número final do orçamento, ok. Temos limitações, mas não são limitações que possam impedir o avanço para a contratação de um bom técnico. Esse é o grande desafio que nós teremos. Claro que tem a área técnica de futebol, a área financeira, que vão cruzar números. Não podemos dizer que esse ou aquele não cabe. Se couber num orçamento geral, os grandes nomes poderão vir”, concluiu.