Em meio à pandemia do novo coronavírus, Robinho concedeu, nesta sexta-feira, entrevista ao jornal espanhol Marca e relatou os momentos mais marcantes da sua passagem por Real Madrid, Manchester City e Milan.
Apesar de ter sido cobiçado pelo Barcelona, o atacante deixou claro que não foi uma decisão difícil. Segundo ele, os diversos brasileiros no elenco e o técnico Vanderlei Luxemburgo pesaram a favor dos merengues na negociação.
Quando surgiu no Santos, altas eram as expectativas em torno de Robinho.
“Algumas pessoas esperavam que eu ganhasse a Bola de Ouro. Quando Pelé fala sobre você, todo mundo escuta. Então, fizeram comparações, mas não há novo Pelé. Nem agora nem nunca”, comentou.
Ao lado de craques como Zidane, Ronaldo, Beckham e Roberto Carlos, Robinho foi bicampeão do Espanhol e campeão da Supercopa da Espanha. Mesmo que tenha conquistado títulos de expressão, o jogador acredita que faltou seriedade.
“Não tinha maturidade e capacidade de parar, pensar com uma mente clara e considerar as consequências antes de tomar decisões. Somente idade e experiência te dão isso”, destacou.
Após três temporadas com o Real Madrid, Robinho foi contratado pelo Manchester City. Apesar de ter abraçado o projeto, o brasileiro sonhava em jogar em outra equipe inglesa.
“Meu objetivo era ir para o Chelsea, trabalhar com o Felipão. Ele me disse que eu faria diferença, mas a diretoria do Real ficou irritada porque eles venderam camisas com meu nome antes de a negociação ter sido fechada”, lembrou, acrescentando sobre alguns dos desejos de Sheik Mansour, proprietário do clube.
“Ele disse que ia fazer um ótimo trabalho contratando Kaká e Messi”, revelou.
Sobre sua passagem no Milan, da Itália, Robinho lembrou a parceria com o Zlatan Ibrahimovic.
“Ele costumava dizer que convenceu o Milan: ‘Você está aqui por mim’. Ele é arrogante? Sim, claro que é, mas de um jeito bom. É apenas confiança no próprio talento”, completou.