Roger não fugiu da polêmica durante a entrevista coletiva nesta quinta-feira. Ex-Palmeiras e São Paulo, o atacante da Ponte Preta não poupou elogios ao técnico Jorginho, que está pressionado pela sequência de maus resultados da equipe campineira na Série B do Campeonato Brasileiro. Isso faz com que o clássico diante do Guarani, no próximo domingo, no Moisés Lucarelli, ganhe um ar ainda mais decisivo.
“Acho que a gente tem um dos melhores treinadores do Brasil, não é um treinador de Série B, desculpa a franqueza. O Jorginho está passando pela Série B, mas o nível de treino, de respeito, de ler o jogo e entender. Eu ficaria muito triste com uma demissão dele. Precisa mudar um pouco essa cultura de que a culpa é do treinador.O ser humano também é fantástico, mas eu defendo o trabalho do Jorginho. Tirou o time da porta da zona de rebaixamento e colocou para brigar pela liderança. Esse cara está tudo errado? Há 15 dias, fomos para Bragança e viramos o intervalo na liderança. É o meu modo de pensar, respeito as outras opiniões”, disse o atacante.
Jorginho vinha sendo unanimidade até a parada para a Copa América. O treinador vem de cinco tropeços consecutivos no comando da Ponte Preta, que deixou a briga pela ponta e caiu para a nona posição, com 20 pontos, a sete do líder. A diretoria já deu a entender que o clássico servirá como um marco para definir a situação do técnico na temporada. Até por isso, Roger deixou claro a importância de a equipe reencontrar o caminho da vitória.
“Mais uma grande oportunidade de conseguir três pontos. Sabe que dérbi é diferente, a gente que é da cidade vive isso com um pouco mais de intensidade. Tem que ter tranquilidade, a gente passou por momento difícil de não vencer, mas vai estar em casa, precisa fazer um grande jogo. É um clássico, precisa focar nos três pontos, voltar a vencer e colar no G4”, falou.
O jogador aproveitou o momento para pedir o apoio dos torcedores durante os 90 minutos da partida. “Vamos estar em casa diante do nosso torcedor, pelo que tenho visto a casa vai estar cheia. Vamos para cima. É apoiar o tempo todo. A Ponte é uma só. Precisa parar com essa história de apoiar cinco minutos. A hora que acabar o jogo, se não vencer, vai estar todo mundo na razão de criticar, de fazer os protestos. Vamos ter calma, sem perder equilíbrio. É até meio surreal, sou um cara nervoso, mas tenho falado para todos terem calma”, finalizou.