O técnico Tite tem um grande desafio na Copa América: conciliar testes na equipe e manter o desempenho da seleção brasileira.
O treinador pretende utilizar todos os convocados na competição continental, mas as observações devem ser mais frequentes no decorrer das partidas.
“A ideia é não descaracterizar. Se a gente desmonta, podemos quebrar os links e conexões, nos dois sistemas que temos, e o atleta perde confiança. E aí a oportunidade fica prejudicada. Mas teremos, sim, no transcorrer do jogo, até para acelerar adversário. Se pegarmos todos os jogos, no segundo tempo sempre temos mais oportunidades e finalizações. A gente acelera e gera desgaste ao adversário. Daremos oportunidades no transcurso, mas não podemos antecipar nada ainda”, disse Tite, em entrevista coletiva.
Na vitória por 3 a 0 sobre a Venezuela, Tite começou o jogo com Renan Lodi e Lucas Paquetá. No intervalo, colocou Alex Sandro e Everton Ribeiro. As demais mudanças foram Gabigol, Fabinho e Vinicius Jr.
“Alternativas táticas, de posição, porém, exercendo funções diferentes. O Everton Ribeiro entrou como meia de articulação. Articulador de lado de campo como tem no Flamengo. Mesma situação contra o Uruguai, pode jogar por dentro ou por fora, mas na armação. Hoje tivemos oportunidade de jogar também um pouco com doble 5, Casemiro e Fabinho. Vamos criando oportunidades. A gente provoca a competição entre eles. Competição com lealdade”, explicou.
“Nós temos todas as opções, temos variado com combinações. Manter uma estrutura e dar oportunidade aos atletas. Dupla de ataque, de externos. Hoje o Richarlison jogou por dentro, contra o Paraguai por fora, por exemplo”, concluiu.
O Brasil voltará a campo para enfrentar o Peru, quinta-feira, às 21h (de Brasília), no Nilton Santos, em nova chance para ser competitivo na Copa América, sem se esquecer dos testes para a copa mais importante: a do mundo no Catar.