Produção brasileira de chocolate em alta

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por Gislene Bastos
Publicado em 9 jul 2023, às 17h43. Atualizado em: 27 jul 2023 às 17h43.

Não é mero acaso a presença das grandes marcas internacionais de fabricantes de chocolates no Brasil. O país se consolidou como um dos mais promissores para o setor. Estudo encomendado pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) à KPMG, a indústria de chocolate apresentou um crescimento 9,8% na produção do primeiro trimestre de 2023, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. No total, foram 219 mil toneladas, ante 199 mil produzidas nos três primeiros meses de 2022.

Já no consolidado do ano de 2022, o crescimento foi de 8%, em comparação à produção registrada em 2021, com o volume produzido chegando a 760 mil toneladas. O bom resultado, de acordo com o estudo, deve-se às estratégias de lançamentos e inovações, sempre acompanhando as tendências de mercado.

Os fabricantes nacionais também se destacam no mercado internacional. As vendas para o comércio exterior somaram 17,5 mil toneladas, entre janeiro e junho, segundo dados da ComexStat. O setor gera cerca de 37 mil empregos diretos e exporta para mais de 167 países, com produção nos estados do Espírito Santo, São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraná e Santa Catarina.

O Brasil também é um dos maiores produtores e exportadores de cacau, seja ele em pó, chocolate ou até mesmo a pasta de cacau. A Argentina é nosso principal comprador, adquirindo 39% das exportações brasileiras. Dentre os estados, a Bahia é responsável por 98% das exportações de cacau. No ano passado as exportações chegaram a US$ 228 milhões.

Segundo a Abicab, o que faz o país ser tão forte no mercado internacional é que temos as famosas “tree to bar”, que consiste na realização de todas as etapas em solo nacional, desde a plantação até a embalagem. Além disso, o clima do Brasil atrai muito o plantio do cacau. A utilização de ingredientes regionais e técnicas de produção inovadoras, com baixo impacto ambiental, resultam na qualidade diferenciada do produto brasileiro.

O que não tem ajudado muito é o preço, com aumento médio no preço do fruto de 21%. Para o consumidor final, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço dos chocolates teve a maior inflação em 6 anos.

Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior, alerta que “o ano cacaueiro de 2022 e 2023, está tendo um déficit de oferta, isso vem ocorrendo devido a redução na produção do produto, as questões climáticas, doenças em plantações e pelo preço do diesel e da gasolina, só agravou mais a termos esses resultados.”

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