NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE atingiram nesta quinta-feira uma nova máxima de cinco meses, com fundos ampliando as posições compradas em meio a notícias positivas em termos de fundamentos.
O café arábica avançou pela segunda sessão consecutiva, apurando ganho de mais de 3%.
AÇÚCAR
* O contrato outubro do açúcar bruto fechou em alta de 0,27 centavo de dólar, ou 2,1%, a 13,11 centavos de dólar por libra-peso, maior nível desde 6 de março.
* Operadores disseram que o movimento de alta ganhou ímpeto depois de romper a resistência de 13 centavos, com o firme fechamento de quarta-feira ajudando a criar um panorama mais altista.
* Outros fatores de suporte incluem as perspectivas de quedas mais acentuadas nas produções da Tailândia e Rússia em 2020/21 e a demanda da China e Paquistão.
* A corretora e consultoria Czarnikow disse que a produção russa pode recuar 25% devido aos impactos de uma onda de calor em regiões produtoras de beterrabas.
* O açúcar branco para outubro avançou 5,30 dólares, ou 1,4%, para 380,50 dólares por tonelada.
CAFÉ
* O contrato dezembro do café arábica fechou em alta de 3,85 centavos de dólar, ou 3,4%, a 1,181 dólar por libra-peso, voltando a avançar em direção à máxima de quatro meses e meio registrada na semana passada (1,2890 dólar).
* Operadores mencionaram que uma recuperação do real no Brasil forneceu algum suporte. A desvalorização da moeda no maior produtor global contribuiu para o declínio do café nos últimos dias.
* Os cafeicultores brasileiros já comercializaram mais de metade da safra 2020/21, segundo a consultoria Safras & Mercado. [nL1N2FF0LQ]
* O café robusta para novembro avançou 40 dólares, ou 3,0%, para 1.382 dólares por tonelada.
* Operadores seguem monitorando a disseminação do coronavírus no Vietnã, maior produtor global de robusta, por causa das preocupações com a possibilidade de o fluxo de ofertas ser interrompido.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)