NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE fecharam em queda nesta segunda-feira, com o mercado se consolidando pouco abaixo da máxima de cinco meses registrada na semana passada, apoiado pela demanda da China e Paquistão.
O café arábica terminou o dia em firme queda, depois de tocar uma máxima de quatro meses e meio na semana passada.
AÇÚCAR
* O contrato outubro do açúcar bruto fechou em queda de 0,12 centavo de dólar, ou 0,9%, a 12,55 centavos de dólar por libra-peso. O primeiro contrato havia atingido uma máxima de 13,00 centavos na sexta-feira, maior nível desde 6 de março.
* Operadores disseram que o recente movimento de alta do mercado estagnou, mas que pode haver um novo teste de resistência em torno dos 13 centavos no futuro próximo.
* “O açúcar teve algumas situações altistas recentemente –a China importando um pouco mais para estocagem, o Paquistão fazendo licitações para importar e problemas com uma doença de beterrabas na Europa. Ao mesmo tempo, os fundos têm comprado de forma consistente, empurrando o preço para cima”, disse em nota o analista Robin Shaw, da corretora Marex Spectron.
* A empresa de serviços de fornecimento Czarnikow disse que a China pode adquirir 5 milhões de toneladas de açúcar em 2020, maior volume da história em importações.
* O açúcar branco para outubro recuou 1,70 dólar, ou 0,5%, para 370,60 dólares por tonelada.
CAFÉ
* O contrato setembro do café arábica fechou em queda de 2,85 centavos de dólar, ou 2,5%, a 1,126 dólar por libra-peso, recuando pela terceira sessão consecutiva, depois de tocar uma máxima de quatro meses e meio na quarta-feira passada.
* “Não houve mudanças nos fundamentos”, disse o diretor de derivativos de uma grande exportadora brasileira, acrescentando que as safras apresentam boas condições em áreas como Brasil, Vietnã, Indonésia e América Central. “Continuamos baixistas no médio prazo.”
* Conversas no mercado apontaram que alguns produtores tiveram de cobrir posições vendidas em meio ao rali da semana passada, após algumas “margin calls”, o que apenas desencadeou um avanço nos preços.
* O café robusta para novembro recuou 6 dólares, ou 0,4%, para 1.357 dólares a tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)