Açúcar e café arábica avançam com sentimento de recuperação nos mercados financeiros

Publicado em 22 set 2021, às 17h28. Atualizado às 17h30.

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar e do café arábica na ICE fecharam em alta nesta quarta-feira, com a queda do dólar e a recuperação dos mercados de ações, em meio a um alívio de preocupações relacionadas à gigante imobiliária chinesa Evergrande.

O café robusta atingiu uma nova máxima em quatro anos, uma vez que os estoques continuam escassos, antes de fechar em queda.

CAFÉ

* O café robusta para novembro fechou em queda de 18 dólares, ou 0,8%, em 2.142 dólares a tonelada, tendo atingido uma nova máxima em quatro anos de 2.180 dólares no início da sessão.

* Os operadores observaram que a curva do mercado dos futuros de robusta está invertida durante todo o período de novembro a julho de 2022, indicando forte demanda próxima e/ou oferta limitada nas proximidades.

* Os torrefadores estão encontrando dificuldade para substituir o caro arábica pelo robusta mais barato em suas misturas. Além disso, houve interrupções nos fluxos de fornecimento do principal produtor de robusta, Vietnã.

* O café arábica para dezembro avançou 1,5 centavo de dólar, ou 0,8%, em 1,8485 dólar por libra-peso​.

AÇÚCAR

* O açúcar bruto para outubro fechou em alta de 0,36 centavo de dólar, ou 1,9%, em 19,33 centavos de dólar por libra-peso.

* Os operadores disseram que o açúcar provavelmente continuará a se consolidar no curto prazo, mas apontaram para um viés baixista na forma de fraca demanda próxima e melhores perspectivas para a próxima safra de cana-de-açúcar na Índia e na Tailândia.

* Porém a produção brasileira continua sustentando o mercado.

* O grupo da indústria de açúcar Unica deve divulgar os números da produção da região centro-sul nesta semana, com as estimativas iniciais do mercado indicando uma queda de 15% na moagem de cana na primeira quinzena de setembro.

* O açúcar branco para dezembro avançou 7,00 dólares, ou 1,4%, em 508,20 dólares a tonelada.

(Reportagem de Marcelo Teixeira)

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