Audiência pública discute quedas constantes de energia em áreas rurais no Paraná
Uma audiência pública discutiu, nesta segunda-feira (19), sobre as frequentes quedas e oscilações de energia que têm causado prejuízos para produtores rurais no Paraná. Autoridades políticas, Ministério Público e representantes da Indústria, Comércio e Agricultura estiveram presentes. Representantes da Companhia Paranaense de Energia (Copel) também foram convidados, mas não compareceram.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 55% das quedas de energia e oscilações acontecem em áreas de zona rural. Já 66% das reclamações registradas contra a companhia paranaense em 2023, foram em decorrência dos apagões.
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A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) formalizou reclamações de 54 sindicatos rurais sobre a má qualidade no fornecimento de energia na zona rural. Em Candói, no Centro-Sul do Estado, produtores teriam enfrentado 10 picos de energia em um único dia, o que resultou na perda de mais de dois mil litros de leite e danos em maquinários.
“A questão da perda do leite, por conta de não conseguir fazer o resfriamento adequado, a questão da suíno cultura, as pequenas agroindústrias que dependem do maquinário para processar os alimentos para agregar valor. Cada dia que passa a gente tem visto e observado que tem se itensificado em todas as regiões do Estado”, disse Elizandro Paulo Krajczyk, coordenador geral Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Paraná.
Principais motivos das quedas:
O presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná, Leandro Grassmann, explicou os principais fatores que levam as interrupções de energia.
“A Copel já tem reduzido a quantidade de investimentos há bastante tempo. Essa redução faz com que as redes acabem se sobrecarregando. Tem muita gente acessando e consumindo, se você não amplia a rede com uma certa frequência, se você não vai lá e troca equipamentos que estão ficando obsoletos, a tendência é que ela comece a apresentar falha”, afirmou Leandro.
O Ministério Público do Paraná lembra que, pela lei, a companhia é obrigada a garantir o fornecimento de energia de forma contínua.
Veja a matéria completa sobre as quedas constantes de energia em áreas rurais:
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