Café robusta avança para máxima de quatro anos; açúcar recua

Publicado em 17 set 2021, às 17h36. Atualizado às 17h40.

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do café robusta na ICE subiram para uma máxima de quatro anos nesta sexta-feira, com uma recuperação na demanda e interrupções nas exportações do Vietnã ajudando a restringir a oferta, enquanto os preços do açúcar diminuíram.

CAFÉ

* Café robusta para novembro fechou em alta de 44 dólares, ou 2,1%, em 2.151 dólares a tonelada, após atingir a máxima de quatro anos, de 2.157 dólares, anteriormente na sessão.

* Os operadores disseram que houve uma recuperação na demanda por grãos de robusta nas últimas semanas, impulsionada em parte pelo alto custo do café arábica, enquanto havia interrupções contínuas no fluxo de fornecimento do maior produtor de robusta, Vietnã, relacionadas à pandemia do Covid-19 e falta de capacidade de carga em contêineres.

* As interrupções no fluxo de café do sudeste da Ásia e o alto custo de transporte dos grãos impulsionaram a demanda por estoques de robusta da bolsa, que caíram para 131.270 toneladas, ante 141.330 toneladas de um mês atrás.

* Café arábica para dezembro recuou 1,75 centavo de dólar, ou 0,9%, em 1,864 dólar por libra-peso.

* Há previsão de mais chuvas nas áreas cafeeiras do Brasil, o que é positivo para as safras do estágio atual.

* “Os atores do mercado de café estão atentos à previsão do tempo e estão bastante positivos, esperando chuvas que podem induzir uma floração”, afirmou a exportadora Comexim em nota.

AÇÚCAR

* Açúcar bruto para outubro ​​fechou em queda de 0,31 centavo de dólar, ou 1,6%, em 19,18 centavos de dólar por libra-peso.

* Os operadores disseram que o dólar mais forte e os preços da energia mais fracos contribuíram para o recuo nos preços.

* Houve comentários no mercado de novas vendas de açúcar da Índia para embarques de janeiro e fevereiro –esses negócios geralmente limitam os preços da commodity.

* Açúcar branco para dezembro fechou em queda de 8,10 dólares, ou 1,6%, em 504,80 dólares a tonelada.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)

tagreuters.com2021binary_LYNXMPEH8G0YI-BASEIMAGE