Casos de gripe aviária no Uruguai e Argentina colocam Paraná em alerta

por Aline Cristina
com MAPA
Publicado em 16 fev 2023, às 12h53. Atualizado às 13h04.

O Brasil é o terceiro país do mundo em exportação de frango. De todo o montante enviado para os quatro cantos do mundo, 35% é abatido e exportado no Paraná. O Estado ocupa o lugar de maior exportador do país. Com o aumento de casos da gripe aviária na América do  Norte, Central e Sul, as cidades próximas às fronteiras entram em estado de alerta.

Nesta semana foram confirmados casos da doença em aves silvestres na Argentina e no Uruguai. Dilvo Grolli, presidente da Coopavel, explica que estes casos não estão dentro das linhas de produção, no entanto há aumento nos cuidados. “Nós já temos cuidados, mas devido essas proximidades essa precaução exige maior número de cuidados. São em aves silvestres não são granjas comerciais, postura de ovos ou de frango de corte, mas há preocupação que são aves silvestres que podem também contaminar esses outros plantéis”, Dilvo Grolli, presidente Coopavel.

A cadeia produtiva de frango no Brasil movimenta cerca de R$ 150 bilhões anuais, somente o Paraná é responsável por aproximadamente R$ 50 bilhões. Em 2022 4,8 milhões de toneladas de frango foram exportados para outros países. 

Brasil

Diante do avanço dos casos, Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, reforçou que o Brasil continua livre da doença, mas está aumentando o status de vigilância.  “Estamos tomando providências preventivas, reforçando nosso sistema de vigilância nas fronteiras, mas garantindo que, por ora, o Brasil continua com status livre da gripe aviária”, disse Fávaro, ressaltando que a doença não é transmitida pela carne de aves e nem pelo consumo de ovos.

Até o momento, nenhum caso de gripe aviária foi confirmado no Brasil. Recentemente, foram encontradas duas aves com sintomas no Rio Grande do Sul e uma no Amazonas, mas após coleta e análises de amostras, foi descartada a hipótese de H5N1. As amostras são enviadas ao laboratório de referência em Influenza Aviária, o LFDA- SP, em Campinas. O LFDA é referência para a detecção da Influenza Aviária na América Latina, tendo confirmado casos em países vizinhos do Brasil.

Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, informou que o risco mais alto e agudo da entrada da doença no país acontece até abril e maio, pois o risco é relacionado à migração das aves. “Estamos passando pela fase aguda de risco de ocorrência, até elas voltarem à sua migração natural que ocorre todos os anos para o hemisfério norte”, disse.