Dreyfus e outros param esmagamento de soja na China por restrições de energia

Publicado em 24 set 2021, às 09h00. Atualizado às 09h05.

PEQUIM (Reuters) – A Louis Dreyfus Company, uma das maiores tradings e processadoras de commodities agrícolas do mundo, informou nesta sexta-feira que uma de suas plantas de esmagamento de soja na China interrompeu as operações esta semana, em meio a restrições generalizadas no consumo de energia que atingiram vários setores em todo o país.

Cinco processadoras de soja na cidade de Tianjin, no norte do país, fecharam esta semana, disse a Tianfeng Futures em nota nesta sexta-feira. Entre as que pararam está a unidade da Dreyfus.

Os preços do farelo de soja na China, maior consumidor mundial do ingrediente para ração animal, estão subindo depois das paralisações.

A instalação da Dreyfus tem uma capacidade de esmagamento diária de 4.000 toneladas, e está fechada desde 22 de setembro, disse a empresa à Reuters.

Cerca de cinco fábricas também fecharam província oriental de Jiangsu, disse um comprador de farelo de soja de uma grande empresa de ração animal no norte da China.

Pelo menos 20 fábricas em todo o país foram afetadas, disse um trader de Cingapura de uma empresa internacional com fábricas de processamento de soja na China.

As autoridades provinciais da China intensificaram a fiscalização das restrições às emissões nas últimas semanas, levando a limites estritos nas cargas de energia que têm prejudicado a produção entre consumidores industriais.

O fechamento das instalações de esmagamento elevou os preços à vista do farelo de soja em cerca de 100 iuanes (15,47 dólares) por tonelada, para 3.920 iuanes, em Tianjin nos últimos dois dias em meio a preocupações com o fornecimento de curto prazo para os feriados de uma semana do Dia Nacional, começando em 1º de outubro.

“Essas paralisações impactam nossos planos, normalmente é o momento em que as fábricas de rações precisam aumentar os estoques antes do feriado”, disse o comprador de farelo de soja.

A LDC não quis comentar mais sobre o impacto. Não se sabe por quanto tempo as restrições ao consumo de energia continuarão.

(Reportagem de Dominique Patton)

((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751))REUTERS RS

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