Milho e soja recuam com pressão da colheita nos EUA, queda de ações e petróleo

Publicado em 20 set 2021, às 20h15. Atualizado às 20h20.

Por Karl Plume

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do milho e da soja negociados nos Estados Unidos recuaram nesta segunda-feira, com a colheita acelerada em todo o cinturão agrícola norte-americano do Meio-Oeste, além da queda nos preços da energia e das ações pesando sobre o sentimento do mercado.

Os futuros da soja para novembro atingiram a mínima em quase três meses, enquanto o milho para dezembro caiu pela terceira sessão consecutiva e atingiu a mínima de uma semana. O trigo seguiu os demais grãos em queda.

As ações mundiais despencaram nesta segunda-feira e o dólar avançou, a medida que os problemas no grupo imobiliário China Evergrande geraram preocupações sobre os riscos de contágio para a economia. [MKTS/GLOB]

“O petróleo caiu, as ações caíram e todos estão preocupados com a China e a economia global”, disse Ted Seifried, estrategista-chefe de mercado agrícola do Zaner Ag Hedge Group. “Dito isso, estamos na colheita agora… então há muita sazonalidade em jogo aqui também.”

Espera-se que a colheita de milho dos EUA esteja 10% concluída até domingo e a colheita de soja provavelmente atingirá 5%, de acordo com analistas ouvidos pela Reuters antes de um relatório semanal de progresso da safra do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês), que será divulgado nesta segunda-feira.

Na bolsa de Chicago, a soja para novembro tocou 12,62 dólares o bushel nesta segunda-feira, a mínima desde 25 de junho, e os futuros fecharam em queda de 21,50 centavos de dólar, em 12,6250 dólares o bushel.

O milho para dezembro recuou 5,50 centavos de dólar, para 5,2175 dólares o bushel e o trigo para dezembro caiu 8 centavos de dólar, a 7,0075 dólares o bushel.

(Por Karl Plume em Chicago; reportagem adicional de Michael Hogan em Hamburgo, Naveen Thukral em Cingapura)

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