Cataratas do Iguaçu têm vazão três vezes menor por causa da estiagem

por Redação RIC.com.br
com informações do Fidel Alvarenga, da RICtv
Publicado em 4 jan 2022, às 16h19. Atualizado às 16h21.

Com a falta de chuvas, as Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, registrou uma vazão de água nesta, terça-feira (4), que chegou a 460 metros cúbicos por segundo, três vezes abaixo da média normal. 

“Principalmente no setor oeste, na fronteira com o Paraguai, o volume em algumas cidades foi realmente muito baixo, até mesmo insignificantes em alguns casos. Isso aconteceu porque, mesmo com o deslocamento das frentes frias, o fluxo tropical que vem da Amazônia não contribuiu de maneira significativa para que se formassem nuvens de chuva”,

explica o meteorologista Fernando Mendes. 

Segundo um estudo da Itaipu Binacional, outro rio que sofre com a falta de chuvas é o Paraná, apresentando a pior estiagem dos últimos 70 anos. A cada dia que passa ele fica mais raso e as pedras estão cada vez mais visíveis. Em alguns pontos o rio já está 10 metros abaixo do nível normal.

O problema atinge a navegação, já que é pelo Rio Paraná que grande parte da produção de grãos do Paraguai é transportada. Por isso, o país vizinho já fez um pedido ao governo brasileiro para que a Itaipu pudesse escoar mais água. Mas a usina, que hoje opera com 12 das 20 turbinas por decisão estratégica, também está com o reservatório quase no limite. Apesar disso, o Paraguai possui outras fontes de energia e não corre risco, atualmente, de ter prejuízo no fornecimento elétrico.

“O reservatório está em um nível intermediário. Nós temos uma oscilação do nível do reservatório que gira em torno de 5 metros, então nós estamos na metade. O nível máximo é de 220 metros, e o mínimo que nós operamos é 216 metros. Hoje nós estamos com 217,60 metros”, 

afirma o superintendente de operações Itaipu Paulo Zanelli.
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