A reabertura da Estrada do Colono foi assunto que voltou a ser discutido na câmara dos deputados. O projeto de lei que retomaria a criação de uma estrada-parque está na Câmara Federal desde 2019, mas nunca entrou em votação. Agora, o requerimento pede urgência na tramitação do projeto.

Se aprovada, a lei cria uma nova categoria de unidade de conservação, implantando no Brasil a “estrada-parque”, o que possibilitaria a reabertura da Estrada do Colono, adequada nesta modalidade de rodovia.

Segundo o prefeito de Capanema, Américo Bellé, com adequação, manutenção e construção sustentáveis, seria possível manter a harmonia da biodiversidade e realizar a obra. Para ele, a rodovia, de quase 18 km, significa um progresso socioeconômico para a região.

Em 2020, o Ministério Público Federal manteve-se contrário a reabertura do trecho. Em nota técnica enviada para a Câmara, o Ministério Público detalhou os prejuízos ambientais que seriam causados pela volta das atividades da rodovia.

De acordo com o presidente da ONG Amigo dos Rios, Adelar Valdameri, em entrevista ao Balanço Geral Oeste da RIC Record TV, cada árvore é importante para manutenção da água.

“Água e árvore têm uma relação direta. Derrubar centenas de milhares de árvores para a reabertura de uma estrada que já está consolidada, uma vegetação que já se recompôs, é, no mínimo, um ato de grande irresponsabilidade”

afirma Valdameri.

O trecho faz parte da PR-495 e está fechado há 20 anos. A última definição judicial foi feita em 2001. Com o fechamento da estrada, a viagem entre o município de Capanema e Serranópolis do Iguaçu, ficou mais longa, uma vez que os motoristas precisam dirigir 153 km a mais, para dar a volta sem cruzar pelo meio do parque.