Caso Daniel: 11 testemunhas são ouvidas no segundo dia de audiências

Publicado em 3 abr 2019, às 00h00.

No segundo dia de audiências das testemunhas de defesa do caso Daniel, mais 11 testemunhas foram ouvidas nesta terça-feira,2. Na parte da manhã foram seis depoimentos, incluindo o pai de Cristiana Brittes, Pedro Rodrigues, e outros cinco a tarde. Com os depoimentos da segunda-feira,1, chegaram a 36 o número de ouvidos nesta fase do processo. Até sexta-feira,5, a juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, deverá tomar mais de 70 depoimentos.

Após chegarem, novamente com os rostos escondidos, Edison, Cristiana e Allana Brittes foram dirigidos a sala de audiências. Na parte da manhã entre os depoimentos, Pedro Rodrigues, pai de Cristiana, emocionou a família Brittes. Rodrigues defendeu que a filha é uma boa pessoa, relembrou do esforço de Edison para construção da casa e, apesar de lamentar a morte de Daniel, destacou que se fosse pai dele teria dado uma outra educação.

Depoimentos da tarde mudam perfil

Na parte da tarde outras cinco testemunhas foram ouvidas. A defesa de Eduardo Silva, réu do processo e parente distante de Cristiana Brittes, contratou dois peritos particulares que contestaram os laudos oficiais. A perícia apontou a existência de rastros de sangue entre o carro e o local onde o corpo foi deixado, mas não chegou a conclusão sobre quantas pessoas carregaram o corpo.

A perícia oficial também não chegou a uma conclusão sobre outro fato, se Daniel foi castrado vivo ou morto. Para o médico legista contratado que analisou o laudo do Instituto Médico Legal (IML), é possível afirmar que primeiro o jogador foi morto e depois teve a parte íntima cortada. Para a defesa isso descaracteriza a morte de modo cruel.

Nesta quarta-feira,3, terão sequência os depoimentos das testemunhas de defesa. A expectativa é que essa segunda etapa da instrução processual seja finalizada até sexta-feira,5. A próxima fase será a interrogação dos réus e após colher todos os depoimentos, analisar as alegações de acusação e defesa, a juíza decidirá se os réus irão, ou não, a júri popular.