Caso Daniel: 44 testemunhas ouvidas em três dias

Publicado em 4 abr 2019, às 00h00.

Em três dias de audiências, 44 testemunhas de defesa do caso Daniel foram ouvidas no Fórum de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Nesta quarta-feira,3, oito depoimentos foram prestados.

Na parte da manhã cinco pessoas, entre elas a mãe de Cristiana Brittes, Gessi Rodrigues, e a mãe de Evellyn, Rosangela Brisola. No período da tarde outras três testemunhas foram ouvidas.

Comoção marca depoimentos pela manhã

Em depoimento, Gessi Rodrigues, mãe de Cristiana Brittes, disse que a vida dela já não é mais a mesma.

Segundo ela, Cristiana não é a mulher retratada pelas pessoas, e Edison Brittes, seu genro, sempre foi um homem trabalhador, e ela desconhece qualquer envolvimento criminoso em seu nome.

O fato do jogador Daniel ter ido ao quarto do casal tirar fotos, para Gessi, foi falta de respeito. Apesar de afirmar sentir muito pela família do jogador, a mãe de Cristiana diz que o jovem acabou com a sua vida e de toda a sua família. “Minha filha é uma vitima, ela não fez nada disso, ela estava dormindo”.

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Assim como no segundo dia de audiência, a família Brittes não conteve as lágrimas durante os depoimentos, especialmente o de Gessi.

Rosangela Brisola, mãe de Evellyn

O segundo depoimento foi de Rosangela Brisola, mãe de Evellyn, que informou que não estava em casa no final de semana que tudo aconteceu.

De acordo com Rosangela, Evellyn apenas a contou sobre o caso na terça-feira, quando a ligou do trabalho dizendo que não se sentia bem e que ia pedir demissão. A atitude, para a mãe, soou estranha.

Rosangela disse que após a ligação, já em casa, foi ao quarto da filha e ela estava assustada, e dizia que não podia falar detalhes do que havia acontecido pois estava com muito medo. Na festa, Evellyn contou a mãe que ouviu Cristiana gritar e pedir ajuda, e que quando desceu, viu Daniel ser agredido e levado da residência.

Além disso, Evellyn também afirmou que ao retornar a casa “juninho” pediu para que elas limpassem o local, e pediu que ela ficasse na residência por mais tempo pois era amiga de Allana.

Mais uma vez Eduardo Purkote foi citado na audiência. O jovem esteve na casa da família Brittes na continuação da festa de Allana e teria participado das agressões ao jogador Daniel.

A mãe de Evellyn Brisola disse que a filha viu Eduardo Purkote batendo no jogador. Ele não foi denunciado. Para o advogado o jovem também deveria responder criminalmente.

Escrivão da Polícia Civil foi ouvido

Entre as testemunhas da parte da tarde, um escrivão da Polícia Civil foi ouvido. Ele apresentou contraditórias sobre as imagens da boate Shed. Disse que os arquivos foram transferidos por meio de um pendrive e no processo foi colocado que as imagens estavam em um HD.

A Polícia alegou que não conseguiu visualizar os arquivos.

Nesta quinta-feira,4, não haverá depoimentos no Fórum sobre o caso. Outras três testemunhas ainda serão ouvidas, por precatória, e para sequência do caso não há data para interrogatória com os sete réus.

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