Dupla é condenada por assassinato de paratleta campeão mundial

Publicado em 16 abr 2019, às 00h00.

Dois, dos cinco envolvidos no assassinato do paratleta José Agmarino Jesus Coelho, foram julgados no Tribunal do Júri em Curitiba. A sentença dos acusados saiu, na noite desta segunda-feira (15), após aproximadamente 12 horas de julgamento.

Rodrigo Cordeiro e Jonathan Carvalho de Lima sentaram no banco dos réus e ouviram do juiz a condenação de 23 anos, 2 meses e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado.

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Promotor concorda com condenação “decisão justa”

Segundo investigações, Zecão, como era conhecido o paratleta campeão mundial de canoagem, foi morto na frente da mulher e do filho de três anos porque denunciou traficante de drogas.

“O que se comprova nos autos é que ele teria feito uma reprimenda e por conta disso despertou a ira do grupo. Foi um homicídio duplamente qualificado por motivo fútil, pela dificuldade de defesa, e também o crime de corrupção de menores, por conta de que o crime foi praticado na companhia de adolescentes”, comenta o promotor Alexandre Ramalho.

Para o promotor, a condenação é uma resposta também para a sociedade. “A decisão justa para o caso, relativamente rápida, dois anos. Foi um caso, enfim, brutal e que realmente a sociedade precisava dar uma resposta efetiva como de fato foi”, completa.

Um terceiro suspeito foi morto depois do crime cometido, outro já havia sido condenado e o quinto nunca foi preso.

Relembre o caso

O paratleta José Agmarino Jesus Coelho, 49 anos, foi assassinado por um traficante de drogas, ao chegar a casa, no bairro Rio Pequeno, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Segundo testemunhas, Zecão, que se tornou reconhecido internacionalmente como campeão de canoagem, foi vítima de uma emboscada: cinco pessoas estavam escondidas no condomínio Serra do Mar. Assim que desceu do carro, o paratleta foi surpreendido por um homem armado e encapuzado. Ele tentou fugir, mas as muletas caíram.

O atirador pediu para a mulher de Zecão correr e executou o paratleta na frente do filho, que ficou dentro do carro e assistiu a tudo. A vítima morreu antes da chegada do socorro.

Assista a matéria da condenação: