Índio morto há sete anos tira nota 9 em prova de seleção

Publicado em 19 abr 2019, às 00h00.

Um inquérito foi aberto pelo Ministério Público Federal (MPF) em Barra do Garças, no Mato Grosso, para investigar irregularidades no processo de avaliação de profissionais de saúde indígena Xavante. O fato que chamou atenção é que o índio Magno Tserenhimto Owe Pronhopa tirou nota 9 na avaliação, entretanto, ele morreu em 2012.

O vínculo trabalhista entre Pronhopa e o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) também apresenta irregularidades. De acordo com o MPF, os pagamentos dos salários foram realizados até meados de 2017. Os agentes suspeitam que os recursos federais tenham sido mantidos de forma conveniada.

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Mais polêmicas na avaliação

O desempenho do índio já falecido não foi a única polêmica do teste. Após os resultados das provas, surgiram denúncias contra o processo de avaliação. Depois de apurações, a Justiça constatou que a aplicação foi realizada sem a presença de representantes do MPF e da Fundação Nacional do Índio (Funai), confirma havia sido estabelecido previamente.

Outro problema investigado é a presença de um investigado por propina na banca avaliadora.

Os envolvidos podem responder criminalmente por organização criminosa, vantagem indevida, apropriação de bem público em proveito próprio, além de constrangimento, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito e obter vantagem econômica.