Morte de terapeuta: "É um monstro, ele sempre foi", diz mãe sobre o ex-marido

Irene Miotto mãe de Aline Miotto Nadolny, de 27 anos, assassinada pelo próprio pai Luiz Carlos Nadolny, de 48 anos, em junho deste ano, conversou com a RIC Record TV, com exclusividade, sobre o comportamento violento do ex-marido. (Assista entrevista abaixo)

Segundo Irene, Luiz Carlos sempre foi um homem difícil, mas mesmo assim, ter a certeza de que ele havia matado Aline foi uma surpresa. “Foi bem difícil, foi a coisa mais triste de toda a minha vida, mas como ele sempre teve uma conduta muito difícil, sempre foi muito ruim na vida, a gente suspeitava também dele. Mas quando a gente soube que foi ele mesmo, foi muito difícil porque um pai que faz isso com uma filha não merece ser chamado de pai”, disse. 

“Foi muito difícil porque um pai que faz isso com uma filha não merece ser chamado de pai”, disse Irene Miotto. 

Pai ameaçou família antes do crime

Irente também confirmou que três dias antes da morte da filha, o ex-marido procurou a família para fazer ameaças e exigir que ela retirasse uma ação que tinha na Justiça com pedido de pensão para a filha menor. “Ele ameaçava todo mundo aqui, ele falava que ia fazer da nossa vida, da nossa família, um inferno”, lembrou. 

“Eu quero que ele pague pelo o que fez a vida toda. Porque esse homem sempre foi um monstro, a gente sofreu com ele a vida inteira. Uma pessoa que matou uma filha não pode ficar solta por ai, ele tem que ficar preso por por muitos e muitos anos. É um monstro, ele sempre foi”, desabafou a mãe da terapeuta. 

Acusado permanece preso

Luiz Carlos Nadolny foi preso poucos dias após assassinar a filha. Nesta quarta-feria (27), o juiz Thiago Flôres Carvalho, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, declarou que ele irá a júri popular e permanecerá preso até o dia do julgamento.

Para a mãe de Aline, o ex-marido não teria cometido o crime sozinho, mas ela prefere não falar sobre sua desconfiança. A polícia também suspeita do envolvimento de uma segunda pessoa no assassinato da teraupeuta, alguém que sentado no banco traseiro do carro e segurado a vítima enquanto ela era asfixiada pelo pai. Uma mulher próxima do acusado chegou a ser indiciada pela Polícia Civil, mas acabou liberada após o laudo, da Polícia Científica do Paraná, apontar que era impossível dizer de forma categórica que a pessoa que aparece nas imagens do dia do crime é a mesma que possui relacionamento com o acusado. 

Veja a entrevista completa:

 

27 nov 2019, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 15h12.
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