Suspeito de matar advogada já havia agredido outra mulher; “sobrevivi por um milagre”

O suspeito de matar a advogada Angelina Silva Guerreiro Rodrigues, na última segunda-feira (22), dentro da própria casa no Capão Raso, em Curitiba, já cometeu crime contra mulher. Uma ex-companheira, que não quis se identificar, relatou que em 1996 foi atingida por sete facadas no portão de casa.

Na época, o Ministério Público (MP) e a defesa pediram tratamento médico para o acusado, porque uma junta médica confirmou que o homem possuía problemas psiquiátricos.

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Vítima recorda trauma de mais de 20 anos

Uma ex-companheira de Nilson Aparecido Rodrigues, principal suspeito do assassinato de Angelina, confirmou em entrevista a RICPR que foi esfaqueada pelo homem em 1996. “Saindo da minha casa, ele me atacou pelas costas com uma faca. Foram sete golpes de facada e fugiu. Daí fui socorrida, fiquei com sequelas, pois tive uma lesão medular”, conta a mulher que não quis ser identificada.

Após o atentado, a vítima passou um mês internada. A mulher também comentou que Nilson sempre foi agressivo. “Foi frio comigo até lá fora, pediu pra eu abrir o portão, quando eu virei as costas ele então foi bem frio. Não foi uma questão de um surto, alguém descontrolado. Ele sabia o que ele ia fazer, essa foi a sensação que eu tive”, recorda.

A vítima lamenta que nada tenha acontecido com o acusado naquela época. “Se tivesse sido mais efetiva a justiça pra ele, talvez essa mulher não teria passado por isso agora”, conta.

Acusado segue foragido

O principal suspeito pelo crime segue foragido. Imagens das câmeras de segurança do condomínio, onde ocorreu o ataque, mostram Nilson deixando o local. O carro usado por ele naquela tarde, foi encontrado na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

A delegacia da mulher de Curitiba está investigando o caso. Caso Nilson não se apresente nas próximas horas, poderá ter a prisão decretada pela justiça.

Assista os depoimentos da vítima:

25 abr 2019, às 00h00.
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