Gestão de resíduos passa a fazer parte de metas de lideranças em empresas

por Redação RIC.com.br
com assessoria
Publicado em 15 fev 2023, às 22h21.

A urgência de se construir uma consciência coletiva ambiental fez com que o tema sustentabilidade deixasse de ser um conceito abstrato e restrito a algumas áreas para se tornar uma prática de larga escala nas corporações. Muitas são as ações e frentes de ataque que precisam ser colocadas em prática para que uma empresa se torne, de fato, sustentável.

Leia também:

E essas estratégias passam a prever cada vez mais o chamado “efeito dominó”, em que a inclusão de metas nesse contexto para gestores levam ao engajamento de todos os colaboradores da cadeia.

Apostando nessa linha colaborativa, o Grupo Marista, que reúne hospitais, colégios, universidade e editora, passou a implantar estratégias focando não apenas no engajamento como também na multiplicidade de visões de todos os integrantes em cada unidade de negócio.

Um dos focos da organização é a gestão de resíduos. Desde 2021, o tema passou a ser tratado como prioridade na agenda ESG da empresa, com a criação de metas globais que envolvem programas de logística reversa, reaproveitamento de materiais e redução no desperdício de alimentos.

O Grupo faz o gerenciamento descentralizado dessas metas. E cada unidade, cada time, é responsável por melhorar seu desempenho ambiental, atendendo aos requisitos legais do tipo de negócio e às políticas e normas internas de cada espaço. Os fornecedores também estão envolvidos nessa pauta.

Engajamento gera resultados

O comprometimento de todos vem trazendo resultados significativos. O projeto Desperdício Zero, realizado nos restaurantes dos hospitais Universitário Cajuru e Marcelino Champagnat, e no bistrô da PUCPR, localizados na cidade de Curitiba (PR), tem como objetivo conscientizar sobre o impacto do desperdício de alimentos durante as refeições.

Além da conscientização junto a quem utiliza os restaurantes, também são realizadas ações de orientação da equipe da cozinha sobre o descarte correto dos resíduos, com inspeções mensais para a validação do processo adequado.

Com relação ao descarte de materiais, outros projetos também se destacam. Nos hospitais do Grupo, mais de 2,5 toneladas de enxovais hospitalares deixaram de seguir para os aterros para se transformar em matéria-prima para cobertores e revestimento automotivo. Também na contramão do aterro sanitário, desde 2019, nas cozinhas dos hospitais, mais de 1,3 mil esponjas usadas já foram destinadas para a reciclagem, sendo transformadas em resina plástica e aproveitadas para a produção de lixeiras.

Os projetos vêm se multiplicando e refletindo nos números positivos das instituições de saúde, mesmo em plena pandemia. No caso do Marcelino Champagnat, a quantidade de materiais reciclados foi 34% maior em 2021 se comparado a 2020, passando de 35 toneladas para 47 toneladas. Já no Hospital Universitário Cajuru, o aumento foi de 60%, com 38 toneladas de materiais passando a ser recicladas no segundo ano da pandemia.

Programas de logística reversa também foram implantados em outras unidades de negócio do Grupo. Na gráfica da Editora FTD mais de 99% dos resíduos gerados foram encaminhados para reciclagem, o que representa 9,7 mil toneladas de materiais que deixaram de ir para os aterros.