Passageiros que compraram voos da Itapemirim não devem ir ao aeroporto

Publicado em 18 dez 2021, às 16h42. Atualizado às 16h50.

A companhia Ita Transportes Aéreos, do Grupo Itapemirim, repentinamente cancelou todos os seus voos a partir da noite de sexta-feira (17). Com isto, dezenas de passageiros ficaram com seus tiquetes na mão, sem saber o que fazer. No aerporto de Guarulhos (SP), por exemplo, algumas pessoas já tinham até despachado malas e feito check-in, quando veio a notícia da suspensão. A decisão não afeta o serviço rodoviário e os trajetos de ônibus da Itapemirim continuam rodando normalmente.

No aeroporto Afonso Pena, na grande Curitiba, em princípio, não houve voos cancelados, nem passageiros prejudicados de sexta para sábado. A empresa pede que passageiros com viagens agendadas para os próximos dias que não realizem check-in, nem compareçam aos aeroportos antes de contatar a companhia aérea. Os passageiros devem enviar e-mail para falecomaita@voetia.com.br, pois a companhia está trabalhando para remanejar todas as passagens para outras companhias.

A Ita ainda informou que tomou a decisão por iniciativa própria, para que possa se “reestruturar internamente“. Também já informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) da decisão e que pretende retomar em breve as operações. A companhia aérea tinha 514 voos programados entre a noite de sexta-feira e 31 de dezembro.

A Anac também se pronunciou sobre o assunto e disse que já intimou a companhia para que dê toda a assistência a passageiros que adquiriram bilhetes da companhia, para que sejam remanejados a voos de outras empresas, aéreas ou rodoviárias, ou que sejam ressarcidos.

Dificuldades desde o começo

A Ita foi inaugurada há cerca de seis meses. Conforme a coluna Todos a Bordo, do Portal UOL, a Itapemirim vem acumulando diversos problemas desde que iniciou as operações, como atrasos de salários e suspensão de benefícios aos funcionários, como o plano de saúde, dívidas com fornecedores, descumprimento de horários, cancelamentos de vôos e muitas reclamações de consumidores em relação ao serviço (só no site Reclame Aqui são mais de 4 mil delas), além de envio de dados errados sobre o número de passageiros à Anac.