Por que tornar a vida um martírio?
“É nosso dever moral e obrigação espiritual aceitar o próximo de forma fraterna e solidária. Por mais que relutemos, na essência, somos todos iguais, temos a mesma origem e teremos o mesmo fim. Então, por que tornar a vida um martírio?”
Não vivemos apenas entre pares, faz parte da nossa evolução aceitar e conviver com os contrários. O problema é que nunca na história da humanidade tivemos tantos contrários com seus pensamentos fragmentados e ideais polarizados, que nos diversificam tanto; o lado ruim disso é que as zonas de conflito aumentaram; o lado bom é que o mundo das possibilidades também cresceu; aproveitemos, então, debatendo de forma saudável, para aproveitar a possibilidade de evoluir entre irmãos.
É fundamental que cada indivíduo se prepare, se fundamente e jamais inicie um debate começando pelo fim, já na largada perguntando: – De que lado você está? – Parece óbvio, mas, vemos isso diariamente, seja na política, na economia ou qualquer outro assunto discutido, principalmente nas redes sociais. Não estamos nos preparando para fundamentar nossos argumentos e, na largada, já queremos saber se as pessoas estão contra ou a favor, para determinarmos amigos ou inimigos.
Infelizmente, hoje em dia, parece que toda discussão precisa de um vencedor. Na verdade, o que traz o progresso é o equilíbrio e o bom senso, é a convergência para o melhor ponto entre duas boas ideias. Seria como achar a temperatura ideal no termômetro para os acalorados e os friorentos. Quem já trabalhou ou estudou num recinto com ar condicionado pode imaginar as divergências existentes entre os polos, acalorados versus friorentos.
Uma boa dica para evoluir com o debate é ter paciência, tolerância, discernimento e, quando nada disso funcionar, evite o conflito, seja, também, resiliente; procurar alternativas e mesmo recuar nem sempre é sinal de derrota, pode ser de sabedoria, de que estamos reconhecendo que o momento não está favorável à discussão que envolve, além da razão, também, emoções, cuidado!