Microconto: Isolados e vivos
O amor não pode ser visto, nem o medo, o ódio ou quaisquer outros sentimentos. Assim, precisamos nos manifestar por atitudes e gestos que justifiquem os sentimentos. Simples, quando amamos as pessoas, se não nos expressarmos com gestos de amor, as pessoas não se sentirão amadas, parecerá que foi apenas da boca para fora.
Nossa existência é marcada pelo conflito entre a razão e a emoção. Muitas vezes, o coração sente uma coisa, pensamos outra e, ainda, expressamos outra completamente diferente do que sentimos ou pensamos. Na maioria das vezes, isso ocorre porque agimos conforme o consciente coletivo, que é o pensamento da sociedade sobre certos acontecimentos, regras, etc, enfim, como é moldada nossa sociedade.
Muitas vezes, calar-se ou aquietar-se, sem externar qualquer manifestação com palavras ou gestos, pode significar amor sim. Nesse momento, no meio do medo e do pânico, causados por um inimigo invisível, o Coronavírus, nossa manifestação de amor ao próximo será não fazendo nada daquilo que seja contrário às orientações.
Ficando em casa, sem sair às ruas, sem abraçar, apertar as mãos ou beijar as pessoas queridas, nesse momento, é nossa forma de expressarmos amor ao próximo. Aproveitemos o momento de confinamento para fazermos contatos mais frequentes, seja por telefone, whatsapp, e-mail, sinal de fumaça, mas, façamos, para mantermos a energia que nos une como entes queridos e verdadeiros espíritos irmãos.
Geralmente, costumo encerrar com uma frase de um pensador. Hoje, finalizarei com duas muito pertinentes ao momento; àqueles que estão, de alguma forma, se sentido presos com vontade de sair, se colocando em risco e às outras pessoas, vale lembrar que há muitas alternativas de liberdade, mesmo quando confinados:
“A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência.” – Mahatma Gandhi
“Dois homens olharam através das grades da prisão; um viu a lama, o outro as estrelas.” – Santo Agostinho