Peça do Festival de Curitiba retrata vida e morte de Anne Frank no Holocausto
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A encenação biográfica da garota judia que se escondeu com sua família da perseguição nazista faz parte do Fringe 2018 e é dividida em duas partes
“Um povo que não conhece sua história está condenada a repeti-la”, a frase de Edmund Burke é um convite para que a humanidade olhe para o passado e aprenda com seus erros. Este é o mesmo convite que o grupo de teatro da FAE faz ao público no espetáculo “… Sua Anne”. A encenação biográfica inspirada na história de Anne Frank, a garota judia que se escondeu com sua família da perseguição nazista faz parte do Fringe 2018 e é dividida em duas partes: a primeira acontece no anexo do sótão de um prédio comercial em Amsterdã, na Holanda. A segunda parte ocorre nos campos de concentração para onde Anne, seus familiares e amigos morreram. O teatro que recebe a montagem, o Fernanda Montenegro, dentro do shopping Novo Batel, ficou um pouco grande para o que se apresenta. Principalmente porque a peça pede um local mais intimista. Muitos frases se tornam inaudíveis ao público e a dicção de alguns atores do elenco também atrapalha a compreensão de alguns diálogos. A dramaturgia do trecho da montagem extraída do Diário de Anne Frank também peca por algumas lacunas, como pro exemplo a não apresentação de algumas personagens – como os funcionários do escritório abaixo do anexo que ajudam a esconder os judeus – que apenas entram e saem de cena sem que se entenda direito quem são e o que fazem ali. Na segunda parte da montagem, o espetáculo ganha mais ritmo e potência com as cenas perturbadoras que se desenrolam nos campos de concentração. Vale a pena o mergulho em um dos mais tristes episódios da humanidade.
O espetáculo é baseado no Diário de Anne Frank
