7 dicas para levar seu pet numa Eurotrip sem preocupações

por Pauline Machado
Jornalista e Acadêmica de Medicina Veterinária
Publicado em 25 set 2023, às 00h10. Atualizado em: 11 jan 2024 às 15h42.

Uma viagem pela Europa é o sonho de muitas pessoas, e poder levar seu amigo pet como companhia torna tudo mais especial. Antes de fazer as malas e seguir para o aeroporto, é importante conhecer as exigências e regras que precisam ser seguidas para que a viagem ocorra da melhor maneira possível, tanto para você quanto para os outros passageiros e, claro, para seu pet. A Embarpet, uma empresa especializada no transporte seguro de animais por via aérea, selecionou algumas dicas importantes para te auxiliar nesse processo.

As normas sanitárias e documentais podem sofrer algumas alterações, dependendo do país que está incluído no seu roteiro. Portanto, não deixe de consultar o consulado da região que pretende visitar e obter informações sobre as leis locais.  Embora esse processo possa parecer burocrático, é uma maneira de garantir o conforto e a segurança do seu animalzinho. Todas essas dicas que selecionamos auxiliam as pessoas diariamente a realizar o sonho de compartilhar memórias de viagem com um membro tão querido da família. E o que podemos garantir é que vale muito a pena“, comenta Daiane Sarmento, co-fundadora da Embarpet, que separou algumas dicas: 

1. Microchip: Se você deseja levar seu animal de estimação em uma viagem, a primeira etapa a ser realizada é a implantação de um microchip. O microchip deve atender ao padrão ISO 11784 e ISO 11785, contendo um código que identifica seu pet e permite o acesso aos seus dados e aos dados do seu tutor. Para realizar o procedimento, basta procurar um médico veterinário de sua confiança, que irá datar, assinar e carimbar o procedimento na carteira de vacinação do pet.
 

2. Vacinação Antirrábica: É fundamental que a vacina contra a raiva esteja em dia, dentro do prazo de validade e registrada na carteira de vacinação do pet, com o selo da vacina, o nome do fabricante, o lote, a data de fabricação e a data de aplicação. A raiva é uma doença grave e fatal que pode ser transmitida entre animais e humanos. Desta forma, para a segurança de todos, é importante manter a vacinação atualizada, independentemente de ter uma viagem marcada ou não. A vacina é obrigatória para animais a partir de 12 semanas de vida.

3. Sorologia antirrábica: É necessário realizar a sorologia antirrábica, que consiste em um exame de sangue para analisar se o seu animal de estimação desenvolveu anticorpos suficientes contra a raiva após a vacinação. O teste deve ser feito com uma amostra de sangue colhida pelo menos 30 dias após a aplicação da vacina e com 90 dias de antecedência em relação à data prevista para a viagem. A amostra é enviada a um laboratório credenciado pela União Europeia, que pode estar localizado no Brasil ou em outro país das Américas. É crucial se antecipar no planejamento desta etapa do processo. E, se a Europa for o seu destino, a sorologia é válida enquanto a vacina antirrábica estiver em dia. Agora, para outras regiões, a sorologia não é vitalícia, por isso é tão importante estudar cada caso, inclusive se o voo tiver escalas.

4. Quarentena: Os animais devem passar por um período de quarentena de 90 dias antes de receberem o Certificado Veterinário Internacional (CVI). É importante ressaltar que esse procedimento é necessário apenas para os pets que vivem em países onde a doença da raiva ainda não foi erradicada, como o Brasil. Durante esse período, os tutores podem manter a rotina de seus pets normalmente, incluindo passeios, banhos e interação com outros animais. No entanto, a saída do Brasil não é permitida. A contagem dos dias da quarentena começa a valer a partir da data em que o exame de sorologia foi coletado.

5. Atestado de Saúde: Para embarcar na viagem, você precisará apresentar o atestado de saúde do seu pet, emitido por um médico veterinário habilitado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV). Este documento deve conter os seguintes dados do animal: nome, espécie, raça, cor e idade, assim como informações do proprietário (nome completo e endereço).O atestado de saúde deve conter os seguintes detalhes: número do microchip e data de aplicação, data da vacinação antirrábica e sua validade, data da sorologia antirrábica e resultado. Além disso, o documento deve conter uma declaração de que o animal está clinicamente saudável e apto para a viagem.É importante ressaltar que este documento deve estar em mãos no máximo 7 dias antes da entrada na União Europeia.

6. Vermifugação: Em alguns países, é exigido que seja realizada a vermifugação com um medicamento contendo o princípio ativo Praziquantel ou um produto similar, eficaz contra a tênia Echinococcus multilocularis. Se o seu destino for a Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda, Finlândia ou Malta, será necessário submeter seus pets a um tratamento contra parasitas cinco dias antes da viagem. Detalhes do produto, laboratório e princípios ativos devem constar no Atestado de Saúde.

7. Certificado Veterinário Internacional (CVI): Para permitir que o seu pet desembarque na Europa, você precisará do CVI, um documento emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que atesta que o animal cumpre todas as exigências sanitárias e documentais necessárias para a viagem. O certificado deve ser expedido cinco dias antes da viagem e conter todas as informações relevantes sobre o animal, o proprietário, a microchipagem, a vacinação antirrábica, a sorologia antirrábica, a vermifugação e o atestado de saúde.
 

“Uma dica extra que sempre compartilho com nossos clientes é: se prepare com antecedência, pois isso torna o processo mais fácil”, conclui Daiane. Então depois de seguir todas as dicas, você só vai precisar montar seu roteiro e preparar a câmera para registrar cada momento dessa sua viagem pela Europa com o seu melhor amigo.