Animais de estimação não são presentes de Natal

por Pauline Machado
Jornalista e Acadêmica de Medicina Veterinária
Publicado em 20 dez 2021, às 00h10. Atualizado em: 21 dez 2021 às 15h38.

Com a chegada de dezembro, o natal é sempre uma data especial para quem quer ganhar e dar presentes. Os amantes dos animais podem querer presentear alguém que gosta com um pet, mas será que é uma boa escolha?

De acordo com os dados coletados pela Comissão de Animais de Companhia (COMAC), a principal porta de entrada dos pets nas famílias brasileiras é por meio da adoção ou como um presente, sendo que 44% dos novos tutores foram presenteados com cães e 31% com gatos.

Apesar de ser uma alegria ser um tutor de pet, é necessário ter ciência sobre os cuidados que os animais precisam durante toda sua vida. A expectativa de vida deles varia de acordo com a raça e o porte. Para cães pequenos e gatos, a média é de 16 anos, cães médios entre 12 e 13 anos, cães grandes, entre 10 e 12 anos e os cães gigantes entre seis e oito anos. Por isso, é importante criar condições ideais para que o animal viva de forma saudável, se sinta feliz, seja sociável e que enriqueça a vida da família e da sociedade, reduzindo riscos de abandono. A ROYAL CANIN que defende a Posse Responsável, traz dicas para que os tutores se preparem para a chegada do novo pet.

A médica-veterinária e coordenadora de Comunicação Científica da Royal Canin, Priscila Rizelo, recomenda que antes de adquirir um gato ou cão, deve-se realizar uma análise prévia a fim de identificar as características e o perfil deles. “É essencial levar em consideração qual espécie, dados de comportamento, personalidade e nível de energia do animal, para que o pet tenha sinergia com o cotidiano e perfil da família. Dessa forma, a adaptação será positiva e a posse responsável”, reforça a especialista.

A Royal Canin mapeou alguns pontos essenciais para que o futuro tutor leve em consideração antes de tomar a decisão sobre ter um pet.

Então, deve ser levado em conta que, cada cão e gato é diferente. Seu tamanho, idade, níveis de energia e temperamentos podem afetar a dinâmica familiar. Consultar um Médico-Veterinário é um recurso-chave para buscar informações confiáveis. Eles podem, até mesmo, recomendar criadores ou ONGs que adotem diretrizes de bem-estar animal.

Vale lembrar que ter um pet também gerará gastos extras, então, é necessário observar se cabe mais um membro na família que entre dentro do orçamento das despesas de rotina, como, alimentação, brinquedos, vacinas, visitas regulares ao Médico-Veterinário e cuidados necessários com a higiene. O orçamento também deve prever gastos com emergências e doenças que possam ocorrer durante a vida do pet.

Outra pergunta fundamental a ser feita é se há alguém responsável pela saúde do animal, de maneira a escolher um médico-veterinário antes do pet chegar e pesquisar potenciais cuidadores para cuidar do animal caso o tutor não esteja. Sendo necessário apresentá-los antes de contratá-los.

Fundamental

De modo a se prevenir sobre situações futuras, algumas necessidades alimentares e de saúde podem aparecer, para isso, o acompanhamento da saúde junto a um especialista é fundamental para manter o bem-estar e saúde do animal em dia. Entre outras necessidades do qual o pet precisa, é pesquisar por lugares de adestramento o que requer atenção, paciência, dedicação, tempo e recursos.

Vale ressaltar que, apesar de todos esses cuidados, o animal também necessita de espaço adequado, principalmente dependendo do tamanho do pet. Lugares onde possam brincar, ambientes arejados, e para os gatos, telas nas janelas a fim de evitar acidentes.

Fonte: Revista Cães & Gatos