Ansiedade Canina: veterinário explica como lidar com a condição

por Pauline Machado
Jornalista e Acadêmica de Medicina Veterinária
Publicado em 18 jan 2024, às 00h56. Atualizado em: 2 fev 2024 às 17h21.

Você tem ou conhece algum cão ansioso? Os indicativos mais comuns são lambeduras excessivas, que podem ocasionar perda de pelos e feridas, uivos, latidos em excesso, tremores e em casos mais graves até mesmo vômito, diarreia e comportamento agressivo ou destrutivo. O médico-veterinário e professor da Universidade São Judas, Paulo Salzo, explica métodos de prevenção e tratamento para os amigos de quatro patas.
 

O distúrbio pode ter diversas origens, como a saída do(a) tutor(a) para o trabalho, ficar sozinho por muito tempo, sons altos como fogos de artifícios e trovões, além de atividades que fogem da rotina do animal. Algumas raças de cães são mais suscetíveis a desenvolver a condição, como Goldens, Labradores e Spitz.
 

“Uma saída é oferecer mais atividades ao animal ansioso. O enriquecimento ambiental é um ponto crucial, assim como mais tempo de brincadeiras em casa e passeios ao ar-livre.”. Além dessas atividades, o momento de alimentação também pode ser utilizado para amenizar a ansiedade. “Outra prática interessante é fornecer comidas e petiscos em utensílios que evitem a ingestão imediata, em brinquedos interativos próprios para essa finalidade ou em comedouros lentos”, explica o professor.
 

Em casos mais severos, com cães agressivos ou que possuem comportamentos autodestrutivos, é aconselhado a procura por um médico-veterinário especializado em terapia comportamental. “A procura por um profissional qualificado é essencial se o animal dispõe de sintomas graves. Caso a terapia não funcione, é necessário o acréscimo de medicamentos ansiolíticos”, completa Paulo.