Como anda a saúde mental do seu pet?
Ao pensar no bem-estar dos animais é comum relacionar o tema aos cuidados com a saúde física do pet. Mas vocês sabia que cães e gatos também precisam de atenção em relação a saúde mental?
Assim como os humanos, eles também podem sofrer com ansiedade, depressão e estresse. Com origem multifatorial esses distúrbios podem ser desencadeados por fatores relacionados a rotina do pet, como falta de estímulos e passeios ou pela genética. Pesquisas indicam que até mesmo a rotina do tutor pode impactar e aumentar o nível de estresse dos animais.
Essas patologias impactam a qualidade de vida dos pets. Os animais deixam de comer adequadamente, ficam mais susceptíveis ao desenvolvimento de doenças o que pode provocar desvios comportamentais e até mesmo problemas físicos
Desta forma, é imprescindível que os tutores invistam em medidas que possam garantir a manutenção da saúde mental dos pets. Para auxiliar o debate sobre o tema no Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado no dia 10 de outubro, e auxiliar os tutores nesse propósito, a médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva, Nathalia Fleming listou nove dicas para os cuidados com os pets. Confira:
Estabeleça uma rotina positiva: Separe um tempo para realizar atividades com seu pet, como brincadeiras, e até mesmo para ensinar um novo truque. Essa é uma oportunidade de estreitar os laços e que fará muito bem para a saúde mental do animal.
Enriqueça o ambiente: O enriquecimento do ambiental é fundamental para os animais. No caso dos cães, por exemplo, o tutor pode esconder alguns petiscos pela casa, dessa forma o olfato do animal será estimulado enquanto ele tenta encontrar o alimento. Além disso, existe no mercado brinquedos inteligentes que ajudam a distrair e entreter o pet. Para os felinos, arranhadores e bolinhas são os itens preferidos na hora da brincadeira. Outra dica é instalar prateleiras nas paredes, pois os animais gostam de escalar e sentem-se mais confortáveis em espaços altos.
Conheça melhor o comportamento do seu pet: É fundamental entender e conhecer a personalidade do pet. Cães e gatos, por exemplo, tem necessidades e rotinas diferentes. Enquanto os felinos podem passar horas dormindo, os cães podem se manter ativos por longos períodos. Desta forma é importante que o tutor observe o animal para identificar qualquer mudança repentina de comportamento.
Estimule a independência do pet: É importante que o animal consiga ficar alguns períodos longe do tutor de forma confortável. Para isso, é indicado treiná-lo para esses momentos.
O tutor pode, por exemplo, ir para um cômodo somente ele, deixando o cão no restante da casa. Assim o animal começa a ter contato com alguns graus de separação e entenderá que ficar, por alguns instantes, separado do tutor faz parte da rotina. Os felinos costumam ser mais independentes, mas é importante que o tutor também mostre ao gato que esse momentos de separação são breves.
Tente deixar o animal menos tempo sozinho: Os animais, especialmente os cães, são sociáveis por natureza. Por isso, longos períodos sozinhos podem ser desafiadores. Uma alternativa é considerar deixar o animal em uma creche especializada ou até mesmo buscar uma pet sitter para cuidar do animal durante o período em que o tutor ficará fora. Outra dica é o uso de análogos sintéticos espécie-específicos no ambiente, eles podem ajudar no conforto e bem-estar do animal nestes momentos.
Invista em brinquedos: Os brinquedos inteligentes são ótimos aliados para distrair os cães quando eles estão sozinhos. Existem itens especiais que permitem deixar petiscos escondidos, o que garante entretenimento para os cães durante o período. No caso dos felinos arranhadores e bolinhas são indispensáveis. É importante também que o tutor estabeleça o momento para brincar junto com o animal, pois esses momentos de interação são uma ótima oportunidade de estreitar os laços e trazer estímulos positivos.
Socialização e passeio para os cães: Os cães gostam de interagir com pessoas diferentes e outros animais, assim é fundamental que ele tenha em sua rotina momentos que permitam essa atividade. Assim como os passeios ao ar livre que além de serem um excelente exercício físico permitem que o animal gaste energia e contribuí para a manutenção do bem-estar.
Atenção as alterações na rotina dos felinos: Oscilações na rotina, chegada da novos membros na família, ou mudanças ambientais, como a reorganização dos móveis e alterações nas disposições dos objetos utilizados pelos pets podem aumentar os níveis de estresse dos felinos. Desta forma, é fundamental que o processo seja feito de forma gradual para garantir o conforto do gato.
Busque ajuda profissional: Se o tutor identificar qualquer mudança no comportamento do animal, como apatia, perda de apetite, falta de interesse em atividades que antes faziam parte da rotina, dificuldade para dormir, vocalização excessiva, arranhadura em local inadequado, entre outros sinais, é fundamental buscar a orientação do médico-veterinário. O profissional poderá avaliar o histórico do animal e identificar as causas do problema orientando o tutor no tratamento do pet.
“Assim como os humanos, os animais também são afetados pelas mudanças na rotina, pelo estresse e podem inclusive ficar deprimidos e ansiosos, desta maneira, devemos também ter atenção e cuidado com a saúde mental dos cães e gatos, desta forma é possível criar um ambiente que proporcione mais conforto e qualidade de vida ao animal e seu tutor”, reforça Nathalia.