Microchip para pets: o amigo mais fiel nas viagens

por Pauline Machado
Jornalista e Acadêmica de Medicina Veterinária
Publicado em 22 ago 2023, às 00h26. Atualizado às 16h59.

Para viajar de avião com seu pet é preciso seguir alguns procedimentos, entre passaportes, vacinação e a papelada, a microchipagem ganha destaque, não apenas por ser um item imprescindível para viagens internacionais, mas também pelos inúmeros benefícios que este procedimento traz para a vida do tutor e do seu melhor amigo.

O chip para animais de estimação é um dispositivo minúsculo, colocado sob a pele do animal, com todos os dados que identificam o tutor, como por exemplo seu endereço residencial e telefones atualizados, além disso o cadastro também é vinculado a um número de microchip que ajuda a reconhecer o animal. O dispositivo é uma segurança maior para quem não quer correr o risco de perder o companheiro. Para que seja possível acessar as informações, é preciso utilizar um leitor adequado disponível nas clínicas veterinárias. Desta forma, se um pet perdido for encontrado e a pessoa que o achou levá-lo ao veterinário, o profissional conseguirá identificar os dados do verdadeiro dono por meio do chip.
 

“O microchip é um dispositivo que já existe há algum tempo. Embora pareça um pouco assustador, o procedimento é super simples, mas muito eficaz e de extrema segurança para o tutor e o pet, principalmente nas viagens internacionais. Ele é praticamente o RG do pet”, comenta Daiane Sarmento, co-fundadora da Embartravel, empresa especializada no transporte aéreo seguro de animais.

O microchip em animais de estimação pode ser colocado em qualquer momento da vida do pet. Embora seja um procedimento exigido para a entrada em países, como Uruguai, Japão, Noruega, Taiwan e todos os países da União Europeia, ele também pode ser aplicado naqueles que estão em solo brasileiro e não têm planos de viajar para o exterior: “Cães e gatos são os pets mais comuns, mas coelhos, porquinhos da índia, répteis…Todos estão aptos a receber o microchip”, afirma Daiane.
 

O procedimento deve ser realizado por um médico veterinário de confiança, que deve datar, assinar e carimbar a carteira de vacinação do pet. O dispositivo deve atender ao padrão ISO 11784 e 11785. Nos casos de viagem, o microchip deve ser implantado antes da vacinação antirrábica. Para a aplicação não é preciso anestesia, somente que o tutor segure o mascote de forma que o deixa imobilizado. O chip é implantado por uma agulha um pouco mais grossa do que a de vacinação. É um procedimento que demora segundos e causa um leve desconforto durante a aplicação.
 

A microchipagem é o RG de todo pet, sendo uma ótima substituição para coleiras de identificação que podem ser facilmente perdidas. Apesar do chip não funcionar como um GPS, o número presente no dispositivo é válido para todo o mundo. Para isso basta cadastrar o pet no CCZ (Centro de Zoonoses) da cidade em que vive atualmente, seja no Brasil ou no exterior. Infelizmente, ainda não há um centro de dados unificados, então o tutor precisa se cadastrar em todos que existirem. Este cadastro é crucial em casos de perda ou desaparecimento. Vale a pena deixar o seu melhor amigo registrado onde quer que você vá.