Obesidade em cães e gatos: alimentação inadequada é a principal causa

por Pauline Machado
Jornalista e Acadêmica de Medicina Veterinária
Publicado em 4 mar 2023, às 00h02. Atualizado em: 3 mar 2023 às 16h16.

O Dia Mundial da Obesidade, comemorado em 4 de março, incentiva a conscientização e o tratamento dessa doença que tem índices alarmantes. Se entre os humanos ela é prevalecente, entre os pets não é diferente.

A obesidade é uma doença causada pelo excesso de gordura corporal e representa um dos problemas de saúde que mais acometem os animais de estimação atualmente. Ela é resultado de um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto de energia e pode acarretar diversos problemas, como doenças ortopédicas, cardiorrespiratórias, diabetes, problemas urinários e outras complicações que afetam a saúde e a longevidade dos pets.

Principais causas da obesidade em cães e gatos

De acordo com a médica-veterinária Marina Macruz, supervisora de Capacitação Técnico-Científica e Técnico-Comercial da PremieRpet®, os cuidados com a escolha do alimento e o manejo são pontos fundamentais para prevenir e combater o excesso de peso, por isso devem ser tratados como prioridade pelos tutores de cães e gatos.

“Uma alta ingestão calórica diária pode resultar em um ganho de peso significativo no longo prazo. Dessa maneira, o excesso petiscos e a “humanização” da alimentação são fatores que contribuem diretamente para isso. É importante lembrar que cães e gatos não escolhem o que comer ou quantas vezes ao dia devem se alimentar, portanto, cabe ao tutor zelar pela alimentação adequada”, diz.

Além disso, doenças endócrinas, distúrbios de comportamento, sedentarismo e envelhecimento também estão entre as causas de obesidade nos pets.

Como prevenir a obesidade em cães e gatos

1.  Escolha o alimento certo – Os alimentos de alta qualidade (super premium ou premium) contêm níveis ótimos de proteínas, gorduras, vitaminas e minerais, e devem sempre fazer parte da vida do pet para os cuidados preventivos da obesidade e outras doenças. Lembre-se: alimento completo não necessita suplementação.

2.  Estabeleça uma rotina de alimentação – Oferecer porções controladas em horários fixos ao invés de deixar o alimento sempre disponível é a melhor forma de evitar o consumo exagerado. Não deixe o alimento por mais de 15 minutos a cada refeição. Se o animal não comer, retire a vasilha.

3.  Evite o excesso de petiscos – Os lanchinhos ou agrados não devem ser oferecidos em excesso para não comprometer o equilíbrio nutricional. Os petiscos devem representar no máximo 10% das calorias diárias indicadas para a idade e o porte do animal.

4.  Não ofereça os restos da alimentação humana – Animais e humanos têm necessidades alimentares diferentes e isso deve ser respeitado. Alguns alimentos para humanos podem, inclusive, ser tóxicos para o pet, como alho, cebola, uva e chocolate.

5.  Promova atividades físicas diárias – Exercícios físicos regulares são muito bem-vindos para reduzir o estresse, a ansiedade e aumentar o gasto energético. Podem ser feitos por meio de passeios, brincadeiras e enriquecimento ambiental.

Com esses cuidados ao longo da vida, cães e gatos podem ter mais saúde e longevidade. E isso só depende do tutor!