Como prestar primeiros socorros em cães e gatos?
Aprender sobre primeiros socorros é algo essencial para ajudar alguém que esteja em perigo de vida. No entanto, pouco se fala sobre como socorrer os bichinhos de estimação.
A dúvida que sempre surge nesses momentos de apuro é se qualquer pessoa pode prestar os primeiros socorros no seu animal de estimação. E a resposta é sim, mas desde que tenha o mínimo de conhecimento.
É importante lembrar que a abordagem inicial por um leigo não substitui o cuidado realizado pelo profissional.
O médico-veterinário Thiago Kohler, do Hospital Veterinário Batel (HVB) deu orientações do que fazer em casos de acidentes com os pets.
Primeiros socorros para ferimentos
No caso de ferimentos, Kohler aponta que devem ser limpos, e cobertos com gaze ou pano limpo. “Já animais desacordados devem ser levados imediatamente ao hospital e não deve ser dado nenhum medicamento para ele sem orientação do veterinário”, observa.
Durante o transporte, se o animal estiver desacordado, é importante mantê-lo sempre com o pescoço reto, preferencialmente deitado de barriga para baixo.
Já nas situações de quedas e atropelamentos, transportar o animal preferencialmente em uma superfície rígida.
O médico-veterinário afirma que a ocorrência de queimaduras não é comum no Brasil, mas, caso aconteça, nunca passe nada, nem coloque gelo. A orientação é lavar o lugar com água corrente.
O que devo ter em mãos?
Kohler orienta os tutores a ter uma caixa de primeiros socorros com os seguintes itens: gaze, atadura, esparadrapo, soro fisiológico para limpeza de feridas e tesoura.
“Assim que realizar os primeiros socorros, o próximo passo é levar o pet ao hospital veterinário. É importante ter o contato telefônico do hospital e endereço. Ligue para o hospital para avisar que você está se deslocando e forneça um resumo sobre o que aconteceu. Mantenha a calma ao deslocar-se no trânsito para evitar outro acidente”,
conclui.
Como evitar acidentes com os pets?
Os acidentes que ocorrem com maior frequência estão associados a quedas, atropelamentos, brigas entre animais, intoxicação por plantas, medicamentos e alimentos e ingestão de corpo estranhos, como brinquedos, palitos de churrasco, barbantes, peças de roupas, entre outros.
Ele aponta que esses casos poderiam ser evitados com medidas simples. Telas nas janelas e sacadas evitam quedas, passear com o animal sempre na guia e evitar acesso à rua previnem atropelamentos e brigas com outros cães, respectivamente.
“É importante também conhecer as plantas e alimentos que podem intoxicar os animais, evitando que os pets tenham acesso a eles”, alerta o médico-veterinário.