Conheça algumas particularidades do Cão-Guia
Com certeza você já deve ter visto uma pessoa andando pela cidade com a ajuda de um cão-guia, mas o que você sabe sobre esse cachorro especial? Para se tornar um especialista no assunto, confira a publicação que nós preparamos com tudo sobre o tema. Você vai adorar!
Cão-guia: o que ele é?
O cão-guia é, essencialmente, um cachorro adestrado para auxiliar pessoas com deficiência visual a se moverem pelas ruas, prédios, casas e transporte da cidade. É ele que ajuda o tutor a atravessar a rua, desviar das pessoas e buracos na calçada. O cachorro para cegos também contribui para a rotina diária como, por exemplo, levantar-se da cama, ir ao banheiro e o preparo de refeições.
Qual é o melhor cão guia para cegos?
Na verdade, não existe um cão guia para cegos ideal. Há algumas raças de cachorros que se dão melhor nessa função. O que todas elas têm em comum é a personalidade, pois devem ser inteligentes, dóceis e sociáveis. A junção dessas características é o que torna o cão capaz de obedecer aos comandos do tutor e sair para a rua sem se assustar com o seu entorno.
Conheça as melhores raças de cão-guia
Entre todas as raças de cachorro, há aquelas que possuem as ferramentas essenciais para se tornar um cão-guia para cegos. São elas: Labrador e o Golden Retriever, Borders e Pastores Alemães, que além de dóceis, tem porte de médio para grande. O que garante submissão e força na medida certa para obedecer e conduzir os seus tutores.
O que diz a lei sobre o cão-guia?
Desde 2006 com a promulgação da Lei nº 11.126 de 2005, regulamentada pelo Decreto 5.904 de 21 de setembro de 2006, o cão-guia tem autorização para entrar e permanecer em qualquer ambiente com seus tutores. Caso algum estabelecimento privado ou público se negar a autorizar a presença de cachorro para cegos, o local é passível de interdição e multa.
Como é feito o treinamento de um cão-guia?
O adestramento para de um cão-guia é composto por três fases que, quanto antes começar, melhor será a adaptação do animal ao novo comportamento. O primeiro passo é ensinar ao animal a socializar com humanos. Por isso, ele é enviado aos cuidados de uma família de voluntários que ajudará nesse processo.
Além de passar pela fase de socialização, é nesse estágio que o animal é estimulado a aprender a assimilar comandos básicos como sentar, obedecer ao tutor, entre outros. Além disso, ele irá aprender a lidar e se acostumar com situações que farão parte da sua rotina como, por exemplo, sons de carros e pessoas e a se adaptar às diversas condições climáticas como calor, frio, chuva e sol.
Cão-guia vai à escola
A fase de socialização dura aproximadamente 1 ano. Depois desse período, o futuro cão-guia deixa a casa dos tutores voluntários e passa a morar em uma escola específica de adestramento de cão guia para cegos. Lá ele passará a aprender comandos mais complexos, que serão essenciais durante os passeios em locais públicos.
Entre os novos hábitos que conhecimentos que o animal irá adquirir estão: encontrar pontos de ônibus, atravessar e subir em calças, não se assustar com o trânsito, contornar pessoas e objetos e parar em locais com níveis de altura diferentes.
Ser o cachorro que guia cego
O último estágio entre o Labrador e o Golden Retriever, Border ou Pastor Alemão se tornar oficialmente um cão-guia para cegos é socializar e se adaptar ao futuro tutor. Por isso, o cão é enviado para a pessoa para que eles possam criar uma relação mútua de respeito e confiança. Só por meio desse processo de socialização é que ambos poderão ser verdadeiros parceiros.
Quais as obrigações de um cachorro que guia cego?
Todo esse extenso período de adestramento de cachorro para cegos é essencial para que ele assimile de forma natural comportamentos e obrigações que ele terá até o fim da vida. Os principais são:
- não se distrair com cheiros, pessoas e comidas diferentes;
- saber como atravessar a rua na faixa para pedestres;
- reconhecer o som característicos de carros e pessoas;
- caminhar um pouco à frente do tutor, sempre pelo lado esquerdo;
- ajudar o tutor a entrar em uber, táxi, ônibus, trem ou metrô;
- permanecer sentado e quieto sempre que o tutor estiver parado;
- responder apenas às ordens e comandos do tutor;
- aprender a entender caminhos favoráveis a ele e o tutor;
- sempre que houver uma escada, parar e aguardar comando do tutor;
- manter o comportamento tanto dentro quanto fora de casa.
Cachorro para cegos: o que é preciso para ter um?
Ter um cachorro para cegos faz toda a diferença na vida de quem tem algum nível de deficiência visual. Por isso, se você conhece alguém que precisa desse tipo de serviço de ajuda, saiba que o candidato a tutor precisa atender alguns requisitos, que são:
- mínimo de 18 anos ou 16, se for emancipado;
- residir no Brasil;
- possuir baixa visão ou deficiência visual;
- ser capaz de se movimentar com sozinho;
- ter uma rotina ativa de independente;
- ter renda suficiente para garantir o bem-estar do cão-guia;
- registrar-se no Cadastro Nacional de Candidatos à Utilização de Cães Guia;
- realizar curso para orientação sobre uso do animal.
Cuidados ao sair com um cão-guia
Sair com um cachorro para cegos na rua requer uma série de cuidados por parte do tutor. Todo animal precisa estar devidamente identificado com colete, guia e coleira que ele está de serviço. Além de uma plaquinha com os dados do cão, do tutor, do centro responsável pelo adestramento. Dessa maneira ele poderá ser devolvido ao local certo em caso de fuga.
O que fazer ao encontrar um cão-guia
Lembre-se, um cão-guia não está passeando e brincando como os animais de estimação comuns, ele está prestando um auxílio para uma pessoa com deficiência visual. Por isso, ao encontrar com um cachorro que guia cego na rua, não brinque, faça carinhos ou ofereça qualquer tipo de comida. Ele precisa manter o foco para cumprir a sua missão.
Curiosidades sobre o cão-guia
Agora que você já conhece um pouco mais sobre o que é um cão-guia e quais são as principais obrigações do animal, que tal conhecer algumas curiosidades sobre esse animal especial? Confira.
Você sabia que um cão-guia para cegos também se aposenta após um tempo de serviço? É isso mesmo! Um cão-guia trabalha, em média, de 8 a 10 anos orientando uma pessoa com deficiência visual. Ao fim desse período, o cachorro pode se tornar um animal de estimação do tutor, porém o trabalho de acompanhamento deve ser realizado por outro animal mais novo.
A vida de um cachorro para cegos não se resume apenas ao trabalho de guiar e auxiliar o tutor. Para que ele se mantenha saudável, é também preciso de momentos de descanso e lazer. É recomendado que a pessoa que possui um cão-guia brinque, ofereça petiscos e carinhos ao animal sempre que estiver em um local seguro, como dentro de casa.
Para finalizar, o cão guia para cegos é tão importante para a sociedade que ele tem uma data exclusiva para chamar de sua. O dia 29 de abril é conhecido como Dia Internacional do Cão Guia e celebra a sua contribuição para melhorar a vida dos soldados que perderam a visão nas principais guerras do século passado. No Brasil ele está presente desde meados de 1950.
Fonte: Cobasi