Saiba o que fazer diante dos problemas ocasionados pelo excesso de barulho para os pets

por Pauline Machado
Jornalista e Acadêmica de Medicina Veterinária
Publicado em 3 maio 2023, às 00h39. Atualizado às 13h48.

Como faço algumas vezes, hoje darei a palavra ao Dr. Pedro Mancini é CEO da DogPhone que vai falar sobre qual deve ser a conduta dos tutores diante dos problemas ocasionados pelo excesso de barulho para os animais de estimação.

Acompanhe!

” Cuidar e preservar a saúde dos pets é um hábito comum entre os tutores. Poucas coisas são tão agonizantes quanto ver nossos bichinhos em condições ruins, isso é fato. E para quem vive em centros urbanos, a poluição sonora surge como um dos grandes vilões da harmonia e a boa vivência dos animais. 

Hoje, infelizmente, o exemplo dos fogos de artifício se mostra bastante presente, enquanto um fator característico de metrópoles brasileiras. Sejam motivados por partidas de futebol, eventos de alta relevância ou feriados nacionais, é praticamente impossível se livrar dos barulhos provocados por essa prática tão disseminada entre a população.

Não por acaso, o assunto é polêmico e tem movimentado lideranças públicas no intuito de inibir o estouro de fogos de artifício. Mas a realidade é que eles existem e, sob a perspectiva de tutores e especialistas veterinários, a preocupação maior é garantir que os animais não saiam prejudicados, especialmente se considerarmos a fragilidade auditiva que eles possuem.

Os riscos são persistentes e desafiam tutores

Antes de tudo, é importante reconhecer que os danos provocados por fogos de artifício ao bem-estar dos pets são variados, o que torna o assunto ainda mais complexo. No caso dos cães, que compartilham uma audição extremamente sensível, os problemas passam pela esfera física e psicológica, com ataques de pânico, ansiedade excessiva, tremedeira, perda de apetite, entre outros sintomas nocivos à qualidade de vida dos bichinhos.

Se não tratadas com a devida atenção, consequências como as citadas anteriormente podem se tornar mais críticas, causando, por exemplo, vômitos, diarreia e até mesmo ataques cardíacos, em quadros de gravidade elevada. Sem dúvidas, todo cuidado é pouco.

Afinal, o que fazer?

Frente ao desejo de proteger os pets a qualquer custo, em muitos casos, os tutores acabam cedendo a medidas de baixa efetividade, que não apresentam os resultados desejados. Na internet, é possível encontrar uma lista de conselhos e ações para minimizar o impacto da poluição sonora, mas em todas as hipóteses, é sempre recomendável adotar uma postura de criticidade, com foco em alternativas realmente positivas, de excelência comprovada e reconhecida pelo setor veterinário.

Claro, vale mencionar que, quando o sintoma já está sendo identificado pelo tutor, após uma situação de crise causada por barulhos estonteantes, a procura por profissionais veterinários especializados é o ideal, para que o tratamento mais adequado seja encaminhado, a fim de evitar que condições ruins acabem agravadas. É preciso estar de olho e atento aos sinais.

Como diz o ditado, prevenir é melhor que remediar. Aqui, essa premissa também se faz valer. Existem fones de ouvido desenvolvidos justamente para proteger a audição canina de sons comuns no dia a dia – inclusive os de fogos de artifício. Para os cachorros, além de uma proteção a mais, esses produtos representam uma forma confortável, moderna e verdadeiramente eficaz de mitigar riscos sonoros e preservar a saúde de quem está à mercê de perigos que fogem do nosso controle”.

*Dr. Pedro Mancini é CEO da DogPhones, startup que utiliza a tecnologia para desenvolver fones de ouvido para pets. Médico veterinário pela Universidade de Marília, é Mestre em oftalmologia pela USP.