Saiba porque é importante colocar microchip no seu pet

por Pauline Machado
Jornalista e Acadêmica de Medicina Veterinária
Publicado em 6 jun 2022, às 00h01. Atualizado em: 7 jun 2022 às 11h55.

Apesar de ser um procedimento seguro e importante para a identificação dos pets, ainda há pouca informação e muitas dúvidas sobre o uso do microchip em cães.

A primeira dúvida a ser esclarecida é que o microchip não é um rastreador de pets, mas, sim, um identificador.

Para que serve o microchip

Além disso, microchipar os cães ajuda a diminuir o abandono de animais já que, uma vez identificado, é mais fácil encontrar o seu responsável. Se um animal é encontrado perdido, por exemplo, veterinários, órgãos do governo ou ONGs facilmente vão acessar, por meio do leitor de microchips, o código numérico daquele animal e encontrar o tutor.

O microchip favorece, ainda, as demandas de saúde pública, uma vez que a  identificação do cachorro permite eficiente vigilância dele, estudos populacionais, controle do bem-estar animal, responsabilização em casos de maus tratos e de possíveis agressões em pessoas por animais bravos.

Do tamanho de um grão de arroz e envolvido por uma cápsula de vidro que não causa reações no organismo, o microchip é implantado sempre por um Médico Veterinário, no subcutâneo do cão, na região entre as escápulas, ou seja, entre os ombros, após a cervical – região de dorso, um local de padrão internacional. 

Não há necessidade de anestesiar ou sedar o cachorro, pois, o procedimento é rápido e a dor é bem suportada pela maioria dos animais. Após a colocação, o animal não fica prostrado ou dolorido, como na vacinação, nem sofre efeitos colaterais.

No microchip há um número exclusivo que não pode ser alterado ou transferido para outro cãozinho, pois é justamente esse número que irá identificar o seu doguinho dentre os demais como sendo seu, ou seja, como o que está sob sua responsabilidade.

Como não existe bateria dentro do chip, ele só é ativado quando se passa o leitor no cachorro, que identifica o código de barras do dispositivo e o traduz em um número. Este dispositivo de identificação tem em média 100 anos de durabilidade.

Além de ser importante para não perder o seu amigão, o microchip é, também, exigido em algumas situações que envolvam os pets, como alguns planos de saúde que exigem o chip para o cachorro fazer parte dos animais assegurados pela empresa. 

Na cidade de São Paulo, por exemplo, existe a Lei municipal nº. 14.483 de 16 de julho de 2007 que estabelece em seu artigo 18º, que os canis só podem comercializar, permutar ou doar animais microchipados e castrados. Logo, qualquer animal vendido por esse tipo de estabelecimento deve ser microchipado. A Prefeitura de São Paulo também realiza a microchipagem dos cães de forma gratuita quando são castrados em clínicas veterinárias conveniadas.

O microchip é, também, um sistema de identificação obrigatório para entrada em países da Europa e Estados Unidos, entre outros. Por isso, quem for viajar com seu pet para fora do Brasil, terá, obrigatoriamente, que microchipá-lo. 

Vale reforçar ainda que não há desvantagem da implantação de um microchip no seu amigão, a não ser o fato de ainda não termos um banco de dados único e centralizado para o cadastro de animais microchipados aqui no Brasil.

Existe também a ideia de que é um procedimento caro, quando realizado em clínicas veterinárias particulares. No entanto, o microchip pode ser implantado no seu doguinho durante as campanhas gratuitas realizadas pela Prefeitura da sua cidade!