Asteroide com alto potencial destrutivo pode atingir a Terra
Batizado como Bennu, asteroide se aproxima do planeta a cada passagem e pode causar impacto semelhante ao de 24 bombas atômicas
Um asteroide com cerca de 500 metros de diâmetro causa preocupação aos cientistas da comunidade internacional. Batizado como Bennu, o asteroide foi descoberto em 1999 e pode causar um impacto semelhante ao de 24 das bombas atômicas mais poderosas já criadas. Dessa forma, o objeto é alvo de estudos constantes, especialmente pelos cientistas da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos.
Esses estudos já comprovaram que o asteroide passa pelo nosso planeta a cada seis anos, e se aproxima a cada volta. As previsões são que em 2135 ele passará bem próximo à Terra, podendo entrar no que os especialistas chamam de “buraco de fechadura gravitacional”. Se isso ocorrer ele entrará em rota de colisão com o planeta, atingido a Terra exatamente no ano 2182.
Apesar de serem bastante pequenas, as chances da colisão ocorrer não podem ser descartadas pelos cientistas. Os pesquisadores dizem que a probabilidade é de apenas 0,037%, mas que a simples existência desse risco exige cuidados redobrados. Especialmente porque Bennu se desloca pelo espaço a cerca de 100 mil km/h.
Sonda “visitou” asteroide para estudar sua composição
Diante dos riscos, a Nasa enviou ao asteroide, em 2016, a sonda Osiris-Rex, que pousou em Bennu dois anos depois. A cápsula retornou base da Nasa em setembro do ano passado, trazendo amostras do solo do asteroide. Atualmente, a partir da análise do material recolhido, a agência estuda a possibilidade de agir para mudar o rumo de Bennu. O que poderia ser feito com a explosão de uma ogiva nuclear no corpo do asteroide; com o uso de espelhos que refletiriam a luz solar, derretendo o gelo presente na composição do objeto espacial; ou com a colisão de uma espaçonave contra o asteroide. Essa última hipótese ganhou força nos últimos anos após uma experiência bem sucedida para alterar a rota de um asteroide de dimensões muito menores.
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Seja qual for a solução encontrada e, apesar de faltarem ainda 158 anos para a possível colisão, os cientistas afirmam que o caso deve ser considerado como uma urgência espacial. Assim, eles defendem que não há tempo a perder diante da gravidade dos efeitos do choque, caso não se consiga defender a Terra dessa ameaça.
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