Asteroide com alto potencial destrutivo pode atingir a Terra

Batizado como Bennu, asteroide se aproxima do planeta a cada passagem e pode causar impacto semelhante ao de 24 bombas atômicas

Publicado em 11 nov 2024, às 14h01.

Um asteroide com cerca de 500 metros de diâmetro causa preocupação aos cientistas da comunidade internacional. Batizado como Bennu, o asteroide foi descoberto em 1999 e pode causar um impacto semelhante ao de 24 das bombas atômicas mais poderosas já criadas. Dessa forma, o objeto é alvo de estudos constantes, especialmente pelos cientistas da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos.

Asteroide com alto potencial destrutivo pode atingir a Terra
Asteroide Bennu, descoberto em 1999, segue se aproximando da Terra (Foto: Reprodução/Portal R7)

Esses estudos já comprovaram que o asteroide passa pelo nosso planeta a cada seis anos, e se aproxima a cada volta. As previsões são que em 2135 ele passará bem próximo à Terra, podendo entrar no que os especialistas chamam de “buraco de fechadura gravitacional”. Se isso ocorrer ele entrará em rota de colisão com o planeta, atingido a Terra exatamente no ano 2182.

Apesar de serem bastante pequenas, as chances da colisão ocorrer não podem ser descartadas pelos cientistas. Os pesquisadores dizem que a probabilidade é de apenas 0,037%, mas que a simples existência desse risco exige cuidados redobrados. Especialmente porque Bennu se desloca pelo espaço a cerca de 100 mil km/h.

Sonda “visitou” asteroide para estudar sua composição

Diante dos riscos, a Nasa enviou ao asteroide, em 2016, a sonda Osiris-Rex, que pousou em Bennu dois anos depois. A cápsula retornou base da Nasa em setembro do ano passado, trazendo amostras do solo do asteroide. Atualmente, a partir da análise do material recolhido, a agência estuda a possibilidade de agir para mudar o rumo de Bennu. O que poderia ser feito com a explosão de uma ogiva nuclear no corpo do asteroide; com o uso de espelhos que refletiriam a luz solar, derretendo o gelo presente na composição do objeto espacial; ou com a colisão de uma espaçonave contra o asteroide. Essa última hipótese ganhou força nos últimos anos após uma experiência bem sucedida para alterar a rota de um asteroide de dimensões muito menores.

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Seja qual for a solução encontrada e, apesar de faltarem ainda 158 anos para a possível colisão, os cientistas afirmam que o caso deve ser considerado como uma urgência espacial. Assim, eles defendem que não há tempo a perder diante da gravidade dos efeitos do choque, caso não se consiga defender a Terra dessa ameaça.

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