Covid-19 e miocardite: qual a relação que estudo mostra entre a vacina e a doença

Publicado em 27 fev 2024, às 13h32. Atualizado às 13h36.

Um estudo recentemente publicado pela revista científica Vaccine reacendeu a discussão sobre efeitos adversos das vacinas para a Covid-19.

A pesquisa analisou 99 milhões de pessoas que receberam as vacinas da AstraZeneca, Pfizer e Moderna, todas elas utilizadas no Brasil.

O estudo investigou a ocorrência de internações hospitalares ou mortes relacionadas a problemas cardíacos. As principais seriam a miocardite, pericardite e arritmias que possam ocorrem no primeiro mês após vacinação e também teste positivo de Covid-19.

O resultado da pesquisa demonstrou que há um pequeno aumento do risco de miocardite nos 28 dias após a vacinação e um aumento significante para quem pega Covid-19.

O levantamento mostra que ocorreram dois casos a cada 1 milhão de pessoas vacinadas pela Astrazeneca e 1 caso para cada milhão da Pfizer. Por outro lado, quem foi contaminado pelo vírus, o aumento foi de 40 casos para 1 milhão de pessoas infectadas.

Dessa forma, a pesquisa demonstra que pegar o Covid-19 aumenta em 40 vezes ter o problema cardíaco em relação à ocorrência relacionada a ser vacinado com o imunizante da Pfizer, por exemplo.

O que é a miocardite e o que ela pode causar

A miocardite é uma inflamação do miocárdio, a camada muscular do coração. Essa inflamação pode enfraquecer o coração e diminuir sua capacidade de bombear sangue. As causas da miocardite podem ser infecções virais, bacterianas ou fúngicas, doenças autoimunes, alergias a medicamentos e uso de drogas ilícitas.

Os sintomas da miocardite podem incluir fadiga, falta de ar, dor no peito, palpitações e desmaios. Em alguns casos, a miocardite pode não apresentar sintomas. O diagnóstico é feito através de exames de sangue, eletrocardiograma, ecocardiograma e ressonância magnética do coração.

O tratamento da miocardite depende da causa e da gravidade da doença. Em casos leves, o tratamento pode ser feito com repouso e medicamentos anti-inflamatórios. Em casos mais graves, podem ser necessários medicamentos para controlar a frequência cardíaca e a pressão arterial, além de internação hospitalar.

A miocardite pode ser uma doença grave, mas com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes se recupera completamente. No entanto, em alguns casos, a miocardite pode levar a problemas cardíacos graves, como insuficiência cardíaca e arritmias cardíacas.

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