Convidada do 6° ep. do podcast A Planta que Cura acredita que futuro da cannabis é de 'inovação e mais acesso'
O sexto episódio do podcast A Planta que Cura, da Ric Podcasts, traz como convidados os empresários do ramo da cannabis medicinal Kathleen Fornari e Afonso Braga Neto. A produção também conta com a participação de Thiago Ermano Jorge, integrante da Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (Abicann).
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Apresentado pelo jornalista Guilherme Rivaroli, o podcast é dividido em seis episódios e aborda os tabus e preconceitos ligados à legalização da cannabis, planta que promete auxiliar no combate à diversas enfermidades e agitar o mercado farmacêutico no Brasil. A produção inédita estreou no dia 11 de agosto.
Na visão de Kathleen, como alguém que trabalha com o uso medicinal da cannabis, a experiência de participar do podcast é muito interessante.
“Para quem está envolvido com esse assunto, essas são oportunidades que sempre levamos muito a sério, porque você precisa dar voz aqueles que não podem, por exemplo os pacientes. Então você precisa debater sobre, levar esse conhecimento à mais pessoas para que a legislação mude”,
afirma.
Ela não tem dúvidas de que o podcast pode possibilitar novas discussões sobre a cannabis e afirma que os debates sobre o tema ainda são muito básicos. “Muitas pessoas que conversamos dentro desse mundo não têm a certeza de que [a cannabis] é legal já no país e elas me perguntam: ‘Mas já pode? Já pode importar? Como funciona?’ Então a gente está em um debate ainda muito básico de levar um conhecimento para a população”.
Kathleen destaca que é importante você dar um espaço dentro das grandes mídias a um assunto que ainda é muito banalizado e rodeado de um preconceito muito forte. Quanto mais educação, quanto mais o tema é abordado, menor o preconceito, já que o julgamento vem da ignorância, segundo a convidada.
A empresária ainda fala sobre o futuro que imagina para a cannabis no Brasil. Para ela, o cenário seria de inovação, com acesso ampliado e mais leis que regulamentam e ao mesmo tempo olham para o público, para os pacientes, e se flexibilizam para permitir que essas pessoas tenham acesso ao fármaco.
“Eu vejo que cada vez mais ela [a cannabis] vai ser um tratamento de primeira opção, ao invés de só usada em últimos casos, porque é um medicamento quase sem efeitos colaterais. […] O paciente está enchendo o corpo, às vezes, de químicos. Precisa tomar um remédio X e pelo efeito colateral desse remédio vai ter que tomar outro remédio. Assim gera um ‘efeito cascata’, quando você poderia estar usando só o cannabidiol”,
frisa a convidada.
Segundo Kathleen, o uso da cannabis representa uma reconexão com os ensinamentos ancestrais e com a natureza.
“Temos que voltar a olhar para ela [natureza] de uma maneira muito carinhosa e humilde, para aprender tudo aquilo que ela tem a ensinar para a gente. Então acho que é esse o caminho que vejo da cannabis: de melhorias de qualidade de vida para todos”.
O podcast A Planta que Cura está disponível em plataformas digitais como o Spotify e o Youtube e também pode ser acessado pelo portal RIC Mais.