'Sequestro do Voo 375': filha de copiloto é curitibana e trabalha com aerofobia

Publicado em 7 dez 2023, às 14h34. Atualizado às 14h35.
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Com estreia nesta sexta-feira (7) em todo o Brasil, o filme ‘Sequestro do Voo 375’ é baseada no atentado de 1988, quando Raimundo Nonato invadiu a cabine de um Boing da Vasp que levava 135 passageiros e tentou jogar o avião no Palácio do Planalto, em Brasília, para matar o então presidente José Sarney. Durante o sequestro, o copiloto da aeronave, Salvador Evangelista, foi morto com um tiro.

A curitibana Wendy Evangelista é filha do copiloto e tinha 8 anos quando o pai morreu. Depois disso, ela ainda passou por outros episódios traumáticos envolvendo aeronaves e chegou a ficar mais de 10 anos sem voar. Formada em Psicologia, Wendy percebeu que teria que encarar o medo para não limitar a trajetória dos filhos.

“Foi uma sequência em 4 anos que me impactaram. Mais ou menos após 1 ano após a morte do meu pai eu perdi o meu padrasto por causa de um avião que caiu no mar. Aí eu fiz um voo com a minha avó, quando a gente foi pegar a medalha de Honra ao Mérito Aeronáutico, que foi um voo de muita turbulância, de tempestade, e ela estava passando mal – não por causa do voo, mas porque meu pai era filho único e nós estávamos indo buscar a medalha […]. Depois disso, nós sofremos um acidente de carro e o translado do corpo da minha irmã foi feito em um voo, eu estava no voo, foi impactante”, contou ela.

No quarto voo, quando viajava com a filha ainda bebê, Wendy ficou desesperada e quase não embarcou em uma troca de aeronave. Ela prometeu que não viajaria mais de avião, mas anos depois entendeu que isso iria restringir os filhos e começou a trabalhar para superar o medo. “Depois eu pensei no quanto era difícil e como existem limitações no tratamento. Aí eu comecei a estudar isso”, explicou. Wendy se especializou e hoje ajuda outras pessoas com aerofobia, que é o medo de voar em aeronaves (clique aqui e conheça o trabalho de Wendy).