Curitiba resgata Família Folhas para reforçar importância da sustentabilidade no século 21

por Redação RIC.com.br
com informações da SMCS
Publicado em 29 mar 2022, às 15h24.

Separar lata, papel, vidro e plástico tem trilha sonora em Curitiba, pelo menos na memória de quem já era mais crescido no início dos anos 1990. 

A música “Lixo Que Não É Lixo/Não Vai pro Lixo/SE-PA-RE” embalava os quatro personagens que fizeram história no imaginário curitibano e ajudaram a transformar a cidade em Capital Ecológica: a Família Folha, pioneira no Brasil a ensinar a importância de destinar corretamente os resíduos domésticos.

A Família e a música estão de volta – recicladas, renovadas e a serviço dos desafios do século 21.

Em um momento em que a responsabilidade de todos com a sustentabilidade ganha cada vez mais importância em todo o mundo, a Prefeitura de Curitiba procura engajar a população não só na ampliação da coleta de lixo reciclável como também nos programas que fazem da capital um exemplo no enfrentamento dos danos causados pelas mudanças climáticas.

“Resgatamos o histórico de Curitiba, trazendo de volta o pioneirismo e os resultados que nos transformaram aos olhos do mundo na Capital Ecológica”,

diz o prefeito Rafael Greca.

“Hoje os desafios conhecidos e documentados por instituições internacionais são muito maiores daqueles que se apresentavam nos anos 1990. Curitiba está fazendo e fará cada vez mais sua parte, em benefício da cidade e do planeta.”

A Família Folhas cresceu e vai incentivar e ensinar novamente todo mundo a separar direito o lixo, além de tomar outras atitudes em prol da sustentabilidade. 

Seu Folha e Dona Fofô se tornaram mais experientes nos 33 anos que se passaram entre a estreia da Família Folhas e o início da atual campanha que marca o retorno da turma.

Alinhada com a evolução dos anos, a Família incorporou os novos desafios da sustentabilidade para o planeta, além de ter uma representação mais alinhada aos novos tempos.

Criador da Família original, Ziraldo – que é considerado um dos maiores cartunistas de todos os tempos no Brasil – também é o responsável pela reformulação atual.

Os personagens originais – Seu Folha, Dona Fofô, Fofis e Fifo – estão, claro, em nova fase de vida. E a família cresceu: Fofis se tornou mãe solo de um menino e de uma adolescente PcD (pessoa com deficiência), enquanto Fifo virou o “pai” do pet Folha Folheco, o cãozinho adotado. 

Segundo Ziraldo, que também é escritor, a nova configuração familiar representa uma evolução e a incorporação de temas que passaram a fazer parte da agenda da sociedade nos últimos anos. 

“Neste novo cenário temos a inclusão e os novos modelos de convivência social”,

destaca o artista.

Por que melhorar a separação?

A campanha que embala os programas de sustentabilidade tem a missão de recuperar o orgulho e ampliar a participação dos curitibanos e curitibanas em relação ao tema, incentivando a separar mais e melhor o que for efetivamente reciclável.

Curitiba sempre foi considerada uma cidade de vanguarda na área do Meio Ambiente e desenvolve uma série de ações e programas de grande impacto – como é o caso da Pirâmide (usina) Solar do Caximba e da ampliação da instalação de painéis fotovoltaicos pelo município, do desafio de plantio de árvores, da nova diretriz para ônibus elétricos no transporte coletivo, entre outras ações.

A reciclagem faz parte desse conjunto importante de medidas, tendo impacto significativo na redução de resíduos encaminhados aos aterros sanitários.

Hoje, Curitiba encaminha 52 mil toneladas por mês de resíduos domiciliares e da limpeza urbana para o aterro sanitário de Fazenda Rio Grande, que recebe os resíduos também dos outros 23 municípios que fazem parte do Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos (Conresol).

“Com a reciclagem, deixamos de encaminhar alguns materiais para os aterros, aumentando a sua vida útil. Ao voltar para a cadeia produtiva, os recicláveis também ajudam a economizar recursos naturais, além de água e energia que seriam usados na produção”, diz a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza do Carmo Oliveira Dias.