Homem procura por sósia ou irmão perdido na Grande Curitiba

por Redação RIC.com.br
com informações de Daniel Sevieri, da RIC Record TV Curitiba
Publicado em 29 nov 2021, às 16h09. Atualizado às 16h24.

Cansado de ser ‘visto’ em vários lugares em que não estava e ser cumprimentado por pessoas que não conhecia, Claudemir Wernick, de 43 anos, resolveu admitir que possivelmente existe um sósia ou mesmo um irmão seu andando pelas ruas da Grande Curitiba. (Veja reportagem abaixo) 

Conforme o açougueiro, ele vive há 15 anos em Porto Amazonas, nos Campos Gerais do Paraná, mas, mesmo assim, nunca deixou de ouvir os relatos de que estava na região da capital do estado

“Tem um rapaz sendo visto no terminal do Hauer, no terminal do Boqueirão, entre o Carmo, Vila Hauer e São José dos Pinhais. Tem pessoas que me confundiram com ele e tem pessoas que acham que me conhecem e que me viram em determinados lugares”, conta Wernick. Ele ainda completa: “Um dia entrou um senhor no mercado que eu trabalhava e falou assim: ‘Nossa você por aqui’ e completou: ‘Não está lembrado de mim’. E falei: ‘Eu nunca vi o senhor. Aí, ele disse: ‘Claro que viu, a gente trabalhou junto’. Daí, eu falei: ‘Não, eu não conheço o senhor’. Ele falou: ‘eu vou te provar. Eu tenho uma foto com você’. Aí, um dia chegou um amigo meu e falou assim: ‘Bonito, heim, por que você não contou para a gente que tinha um irmão gêmeo?'”, conta Wernick.

Essa confusão que perdura há cerca de 20 anos, já trouxe problemas sérios para Wernick. Em 1999, sua primeira esposa chegou a pensar que ele estava em um ônibus falando de outra mulher. “Ela vinha vindo do trabalho e acabou se deparando com um rapaz no ônibus, quer dizer, “comigo”. Ela ficou olhando aquele rapaz, aí, ele que estava sei lá com um colega de trabalho, falou assim: ‘A hora que eu chegar em casa, eu vou tomar um banho e vou ver a minha gata’. Aí, ela levantou para dar nele. Foi meio estranho. Aí, ela chegou em casa e perguntou para mim: ‘Viu, há quanto tempo você está em casa?’. Eu falei: ‘Há mais ou menos uma hora’. Aí, ela falou assim: ‘É que eu acabei de ver você no ônibus’. Ela falava: ‘Era você’. Mas aí olhava de novo e falava: ‘Não era você’. Aí, ela disse: ‘Eu vi você no ônibus. O rosto, o corpo, tudo é igual, mas a roupa que ele tem, você não tem”, lembra  Wernick. 

Já em 2017 foi a vez de uma tia ficar brava porque foi ‘ignorada’ pelo sobrinho no Terminal do Boqueirão. Ela chegou a mandar um áudio para Wernick. “Fiquei brava porque eu chamei você e você olhou, embarcou no ônibus e foi embora. Depois que eu fui entender que não era você”. Na ocasião, depois de se explicar, ele aproveitou para perguntar o quão parecido essa pessoa era com ele e teve como resposta que os dois são iguais. 

“Eu falei: ‘Tia, ele é realmente parecido comigo?’. Daí, ela falou assim: ‘Você tem espelho em casa? Pegue o espelho e fique olhando. Até o ‘corpitho’ de vocês é igual”,

conta Wernick. 

Irmão 

Wernick explica que a hipótese de irmão surgiu ainda em 1999, quando sua própria esposa o confundiu. Desconcertado com a situação, ele acabou lembrando de uma história que seu pai costumava contar. Segundo o homem, dois filhos seus haviam nascido no mesmo dia e no mesmo hospital

“No dia que nasci, em quarto estava a minha mãe comigo e no outro quarto estava a outra pessoa que teria dado à luz a um filho dele. Só que a gente nunca deu muita bola por ele ser uma pessoa alcoólatra e ser meio perturbado”,

diz Wernick. 

Anos depois, quando o pai teve câncer, por duas vezes, ele tentou contar novamente sobre esse suposto irmão, mas Wernick não quis ouvir. Conforme conta, sua mãe morreu dez meses após seu nascimento e ele foi culpado por seu pai pelo falecimento durante toda a vida, por isso, os dois nunca conversaram muito e nem tiveram um bom relacionamento. 

Fotos de Claudemir Wernick na juventude. (Foto: Arquivo Familiar)

“Ele foi e falou assim: ‘Eu preciso de falar algo sobre o teu irmão’. Eu falei: ‘Sobre o Márcio?. Ele disse: ‘Não’. Eu falei: ‘Sobre o Gilmar?’. Ele disse: ‘Também não’, lembra. No entanto, foi só quando descobriu que a maternidade onde nasceu foi investigada por adoções ilegais e troca de bebês, foi que Wernick passou a acreditar na possibilidade de ter mesmo um irmão perdido pelo mundo

Agora, ele procura por essa pessoa tão parecida com ele para que juntos possam descobrir se tudo não passa de uma grande coincidência ou se existe alguma ligação sanguínea entre os dois. 

“Eu não sei o teu nome, não sei quem você é. Eu só sei, rapaz, que tem pessoas que te conhecem e te confundem comigo e tem pessoas que me conhecem e chegam até mim e falam assim: ‘Eu te vi em tal lugar’. Então, se você estiver vendo essa matéria. Entre em contato comigo”,

pede Wernick. 

Assista à reportagem completa: