Professora é demitida após diretoria descobrir sua sexualidade

Publicado em 9 fev 2023, às 13h07. Atualizado às 13h08.

Uma professora de uma escola católica do Colorado foi demitida após uma foto dela beijando a namorada ser encontrada pela diretoria. Os líderes da arquidiocese chamaram a foto de “prova de que ela está violando os padrões” da igreja.

Maggie Barton, de 32 anos, trabalha no local desde 2017, mas disse que o diretor ligou para ela no dia 25 de janeiro para colocá-la em licença remunerada enquanto uma investigação sobre a foto dela com a namorada. 

A professora disse que não tem ideia de como a foto foi encontrada, pois manteve as fotos dela e de sua parceira fora da mídia social para evitar tal reação.

Logo após a ligação com o diretor, Maggie recebeu outra ligação de um homem que disse ser “um coletor de informações” da arquidiocese.

“Ele estava me fazendo muitas perguntas sobre minha compreensão da fé católica e se eu estava ciente da posição da igreja sobre a atração pelo mesmo sexo e todo esse tipo de coisa”, disse Maggie à Colorado Public Radio. 

Apesar de ter sido informada de que estava sendo investigada, ela foi demitida no dia seguinte, disse ela.

“Ocorreu uma injustiça. Eu experimentei discriminação em um nível pessoal para o qual nada em minha vida poderia ter me preparado”, escreveu a professora no Facebook. “Ser demitido de um cargo por causa da minha orientação sexual, isso é discriminação.”, desabafou.

Além de perder o emprego, Maggie também passou por uma crise de fé. “Eu cresci na fé católica. Acredito que incorporo os valores dessa fé em minha vida cotidiana e me dói ouvir que isso não pode ser verdade por causa de quem eu amo. Sentir minha própria fé armada contra mim é realmente de partir o coração”, escreveu ela.

A arquidiocese, liderada pelo arcebispo Samuel Aquila, confirmou a demissão de Barton em um longo comunicado.

“A escola foi informada de que uma de suas professoras está em um relacionamento homossexual e, depois de discutir isso com a professora, soube que ela pretende persistir em violar os padrões que ela concordou em cumprir anteriormente. Com isso, a escola considerou necessário encerrar o contrato de trabalho da professora porque ela não honrou os compromissos assumidos em seu contrato com a escola”, disse a arquidiocese. 

A escola ainda alegou que “a atração pelo mesmo sexo em si não é motivo de rescisão”, mas foi justificado por ela não cumprir os “compromissos” que assumiu em seu contrato, que existe “para proteger a identidade católica de nossas escolas”. As informações são do New York Post.

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