ANM prevê acelerar aprovação de pedidos de pesquisa mineral com novo sistema

Publicado em 11 ago 2020, às 13h59. Atualizado às 14h00.

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) – A Agência Nacional de Mineração (ANM) espera reduzir significativamente o prazo para aprovação de pedidos de pesquisa mineral no Brasil com um novo sistema de requerimento eletrônico que será lançado nesta semana.

A nova ferramenta permitirá aprovações em até 34 dias, contra prazos próximos de 728 dias atualmente, disse a agência reguladora do setor em nota nesta terça-feira, na qual estimou que a aceleração dos trabalhos pode gerar uma economia de 1 bilhão de reais por ano para a indústria de mineração.

Entre 2015 e 2019, a ANM recebeu em média 14.223 requerimentos de pesquisa mineral por ano.

O novo sistema, que deve entrar no ar na quarta-feira, também deve desafogar as análises da agência por envolver processos de caráter autodeclaratório, nos quais o solicitante assinará declaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

“A agência vai dar mais liberdade econômica ao setor, com a contrapartida de comportamento justo dos agentes, pressupondo da boa-fé dos interessados. Porém, a fiscalização e penalização será severa em caso de abusos”, disse em nota a diretora da ANM Débora Piccini.

Em caso de constatação de irregularidades pela fiscalização da agência, o responsável pela atividade de pesquisa mineral não só perde a área, como responde civil, criminal e administrativamente, acrescentou a ANM. 

No caso de áreas sem interferência em outras ou sem restrições ambientais ou indígenas, por exemplo, a aprovação é prevista em até 34 dias, sendo 30 dias para cumprimento de exigência do Código de Mineração e quatro dias para publicação no Diário Oficial, exemplificou a agência.

Em áreas com interferência, esse prazo menor não se aplica e o requerimento é enviado para análise rotineira no regulador.

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