MOSCOU (Reuters) – A atual política monetária do banco central russo levará a inflação de volta para perto de sua meta de 4% no segundo semestre de 2022, disse a presidente da autoridade monetária, Elvira Nabiullina, nesta quarta-feira, acrescentando que é importante não permitir a perda do controle sobre a alta dos preços ao consumidor.
O banco central aumentou sua taxa básica cinco vezes este ano, mais recentemente em 25 pontos-base neste mês, para 6,75%, à medida que tenta conter o crescimento dos preços.
A inflação atingiu 6,84% ao ano em meados de setembro e os riscos inflacionários aumentaram na terça-feira, depois que autoridades disseram que a Rússia gastará cerca de 2,5 trilhões de rublos (34 bilhões de dólares) de seu Fundo Nacional de Riqueza nos próximos três anos para ajudar a retomar o crescimento econômico pós-pandemia.
“Levando em conta a política monetária em andamento, a inflação retornará ao nível de 4%-4,5% no segundo semestre do próximo ano”, disse Nabiullina em um discurso no Conselho da Federação, a câmara alta do Parlamento.
“A inflação já acelerou para dois dígitos em alguns países em desenvolvimento e ainda não está desacelerando, porque os ajustes na taxa básica estão atrasados em relação ao crescimento das expectativas de inflação”, afirmou Nabiullina.
“Precisamos reduzir a inflação e as expectativas de inflação o mais rápido possível, sem permitir que uma espiral inflacionária se desenrole”, acrescentou.
Nabiullina foi mais “hawkish” (dura com a inflação) na semana passada, quando disse que o banco central iria considerar novos aumentos na taxa de juros em suas próximas reuniões.
(Reportagem de Elena Fabrichnaya)