Governadores dos EUA questionam custo de planos de Trump de alívio ao coronavírus
Por Patricia Zengerle e David Morgan
WASHINGTON (Reuters) – Governadores republicanos e democratas disseram na segunda-feira que as medidas de alívio ao coronavírus do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, são caras demais para os Estados implementarem em um momento em que lidam com os custos da pandemia, e pediram que autoridades em Washington retomem as negociações sobre ajuda federal.
“Estamos preocupados com encargos administrativos significativos e custos que essa última ação colocará sobre os Estados”, disseram em comunicado líderes da Associação Nacional de Governadores.
“A melhor solução é o que o Congresso e o governo voltem à mesa de negociação e cheguem a uma solução factível, o que deve fornecer alívio adicional importante para as famílias norte-americanas”, disseram o governador de Nova York, Andrew Cuomo, e o de Arkansas, Asa Hutchinson.
As negociações sobre um novo pacote de alívio ao coronavírus entre autoridades do governo Trump e líderes democratas do Congresso entraram em colapso na sexta-feira sem um acordo, e ambos os lados não se comunicam desde então. A Câmara dos Deputados, liderada pelos democratas, aprovou um projeto de lei de ajuda de 3,4 trilhões de dólares em maio.
Em uma tentativa de ir adiante sem o Congresso, o presidente republicano assinou decretos e memorandos no sábado buscando fornecer alívio a trabalhadores, empresas e governos locais.
Proteções contra despejos e assistência adicional aos desempregados venceram em julho, reduzindo a ajuda a mais de 30 milhões de pessoas.
Os decretos de Trump tratam de impostos sobre folhas de pagamento, despejos e pagamentos de empréstimos estudantis, e inclui um plano de fornecer auxílio-desemprego suplementar usando fundos de alívio a desastres. Os Estados precisariam cobrir 25% do financiamento a desempregados segundo o plano.