Impostos dos combustíveis: Haddad pode amargar terceira derrota em dois meses

por Redação RIC.com.br
Com informações da Agência Estadão
Publicado em 27 fev 2023, às 11h10. Atualizado às 16h25.

O ministro da Fazenda Fernando Haddad está prestes a amargar a terceira derrota em menos dois meses de governo. Neste momento membros do Planalto estão divididos entre acatar o parecer do ex-prefeito de São Paulo e trazer de volta a cobrança dos impostos federais sob os combustíveis ou prorrogar, de forma parcial ou total, a desoneração. E caso a escolha seja a segunda opção, ela reforçará o saldo nada positivo para a equipe econômica.

No fim do ano passado, o ministro Haddad brigou pelo fim da isenção de PIS/Cofins sobre gasolina e álcool, mas foi vencido pelo núcleo político. No dia 1 de janeiro, Lula prorrogou a medida por dois meses.

Outra derrota sofrida pelo ministro foi em relação à correção da tabela do Imposto de Renda. Haddad defendia a adoção da medida em 2024. Lula, porém, anunciou agora a correção, juntamente com o reajuste do salário mínimo para R$ 1.320, em maio.

Nas duas ocasiões os movimentos de Lula foram antecipados em posts da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, no Twitter. Enquanto Haddad representava o Brasil no encontro do G-20, na Índia, Gleisi e outros líderes petistas recorreram às redes sociais para minar a ideia de reoneração, que, na prática, significa aumento no preço dos combustíveis na bomba.

O temor de setores do PT e da ala política do governo é de que a alta dos preços no primeiro ano de governo possa atingir fortemente a popularidade de Lula e reacender a polarização radical da política nas ruas e no Congresso.